A retirada nas cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 51,23 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Os dados foram divulgados pelo Banco Central, na última quinta-feira (6).
Até então, a maior evasão de recursos nos três primeiros meses de um ano havia sido registrada em 2022 (-R$ 40,37 bilhões). Conforme o relatório, essa é a maior retirada líquida para o período, desde o início da série histórica, em 1995.
A saída de recursos somou R$ 6,08 bilhões, apenas em março. Em janeiro, o valor ficou em R$ 33,63 bilhões e em fevereiro R$ 11,52 bilhões.
Os valores depositados registraram queda, com a saída de recursos da poupança no mês passado. Em fevereiro, estava em R$ 968 bilhões, recuando para R$ 967,4 bilhões no fim de março.
A retirada de recursos da caderneta de poupança acontece em um cenário de juros elevados e de alta inflação. Indicadores também mostram que o endividamento da população segue alto. Ele somou 48,8% da renda acumulada nos doze meses até fevereiro deste ano, segundo o BC.
A aplicação segue com rendimento limitado, mesmo com o ganho real. Quando a taxa Selic ultrapassou o patamar de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês, mais a variação da Taxa Referencial.