O ASSUNTO É

NA CONTRAMÃO DA CORTE: Decisões judiciais causam prejuízos ao comércio e transtornos à população do DF

Publicado em

Decisões judiciais que obrigam o GDF a recuar de decretos governamentais, que estabelecem a reabertura gradual do comércio no Distrito Federal, vem provocando prejuízos, insegurança jurídica no setor produtivo e transtornos à população.

O barbeiro paraibano José Costa Andrade, radicado em Brasília há mais de 30 anos, acreditava que após 90 dias com a portas fechadas, por causa da pandemia, poderia reabrir o pequeno salão que mantém na Asa Norte e tocar a vida conforme o decreto publicado  pelo governador Ibaneis Rocha.

O salão de Andrade emprega  três outros profissionais barbeiros que nos últimos três meses tiveram que se recolher em casa e sem dinheiro para suprir as necessidades básicas de suas respectivas famílias.

Além disso, Andrade acumulou uma dívida com pagamento de aluguel do ponto, conta de água, luz e telefone.

Para o  retorno das atividades, ocorrida na última terça-feira (07), o dono da barbearia pediu dinheiro emprestado para a compra de material de reposição e torcia para o comparecimento a conta-gotas de sua clientela.

No entanto, ontem pela manhã, foi surpreendido com a notícia de que não poderia reabrir o seu negócio. Tudo havia voltado a estaca zero.

Uma decisão judicial, mandou fechar tudo. O magistrado atendeu a uma ação popular, movida por políticos do PT e do PSOL.

A decisão colocou por terra a expectativa de centenas de salões de beleza e de proprietários de academias, dois dos segmentos comerciais mais afetados economicamente pela crise sanitária.

Apesar do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) ter confirmando, por unanimidade,  o entendimento de que cabe aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios o poder de adotarem medidas normativas de isolamento, quarentena, interdição de locomoção, de serviços públicos, fechamento e reabertura de atividades econômicas e de circulação de pessoas, o que vem ocorrendo no DF nos últimos dias é um festival de decisões judiciais que vão na contramão do entendimento da Suprema Corte.

Às três últimas decisões judiciais, mandando cancelar decretos publicados pelo governo do Distrito Federal,  vigoraram momentaneamente, já que foram derrubadas pelo tribunal superior por afrontar o princípio da separação dos Poderes, o que viola a ordem pública.

Tanto é que o desembargador Eustáquio de Castro suspendeu, na noite desta quinta-feira (9), a decisão que determinava a suspensão do decreto governamental que permitia a reabertura de academias e salões de beleza e que estipulava datas para a retomada de bares, restaurantes e escolas.

O vai-e-vem da judicialização política do coronavírus, ação feita por gente interessada nas eleições de 2022,  além de provocar enormes prejuízos aos segmentos comerciais que empregam milhares de pessoas, causam enormes transtornos a população que dorme com uma situação e acorda com outra.

Por trás de tudo isso, está o nocivo viés políticos eleitoreiros daqueles que usam o judiciário e ficam de longe torcendo para  que o DF se afunde e com ele, o próprio povo.

Siga o perfil do Radar DF no Instagram
Receba notícias do Radar DF no seu  WhatsApp e fique por dentro de tudo! Entrar no grupo

Siga ainda o #RadarDF no Twitter

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.

Leia também

Detran-DF começa operação Boas Festas

O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) intensifica as ações de policiamento e fiscalização de trânsito, com foco especial em locais de maior...

Mais Radar

Caixa começa a liberar vale-recarga do Programa Gás do Povo

A Caixa Econômica Federal começa a distribuir o vale-recarga do Programa...

Conselho do FGTS eleva teto de imóveis do Minha Casa, Minha Vida

As famílias de baixa renda poderão financiar imóveis mais caros pelo...

Trio é condenado por homicídio triplamente qualificado em Samambaia

O Tribunal do Júri de Samambaia condenou Ruan Felipe Barbosa Oliveira, Matheus Cruz...

Caminhoneiros do DF processam Cappelli por injúria e difamação

A Justiça do DF determinou que Ricardo Cappelli remova de seu Instagram uma publicação considerada difamatória contra a COOPERCAM, sob pena de multa diária de R$10 mil por descumprimento da decisão judicial.

Homem é condenado por matar a facadas por R$ 50 em Taguatinga

A imagem da faca suja de sangue simboliza a brutalidade do crime em Taguatinga. Kerlyson Ribeiro Costa foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão por matar Marcionilio Vieira por uma dívida de apenas R$ 50.

Últimas do Radar

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.