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Falta de comida na mesa do trabalhador começa afetar isolamento social no Sol Nascente

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|Da Redação RADAR-DF||

O  Administrador Regional do Sol Nascente/Pôr do Sol, Goudim Carneiro, externou preocupações nesta segunda-feira (30), com a situação dos mais de 150 mil moradores da cidade onde a maioria da população trabalha na informalidade. Ele disse que a falta de trabalho e dinheiro para comprar comida e itens de primeira necessidade, está levando o cidadão a quebrar a medida de isolamento social.

Apesar das urgentes medidas tomadas pelo governador Ibaneis Rocha, contra o avanço do COVID 19 no Distrito Federal, os milhares de moradores do Sol Nascente não estão se prevenindo de maneira adequada, o que pode contribuir para a proliferação do vírus na cidade.

A situação colocou em estado de alerta o administrador regional Goudim Carneiro que lançou uma campanha ofensiva de comunicação com o objetivo de fortalecer as medidas de isolamento social para que a população fique em casa.

Por meio da internet, Goudim Carneiro pede para que as pessoas fiquem em casa e alerta sobre a grave pandemia.

No entanto, a campanha “Se afastar é um gesto de amor #FiqueEmCasa”, que tem o objetivo de mostrar a população sobre a importância da prevenção contra a doença, precisa urgentemente ganhar um outro reforço que seria comida no prato para impedir que o cidadão saia para as ruas em busca da subsistência.

“Os hábitos e costumes dos moradores nesta região, trazem preocupações diante da pandemia. Isso porque, diariamente, eles se cumprimentam nos mercadinhos, padarias, farmácias e ruelas da cidade que foi construída sem planejamento urbano”, afirma Carneiro.

O mais grave, segundo o administrador, é a crise financeira que começa afetar a população por causa das medidas restritivas de extrema necessidade para conter o coronavírus.

“Muitos são autônomos, como vendedores de cachorro-quente, milho assado, churrasquinho e vendedores ambulantes. Proibidos de trabalhar por causa da pandemia, o trabalhador do Sol Nascente e Pôr do Sol não sabe se fica em casa com fome ou se vai para as ruas vender o churrasquinho e contrair a doença, apontou Goudim.

Ele espera que  o pagamento de um auxílio emergencial por três meses, no valor de R$ 600, destinado aos trabalhadores autônomos informais e sem renda fixa, seja logo liberado com a máxima urgência pelo governo federal. A proposta foi aprovada ontem (30) pelo Senado.

Chamado de ” coronavoucher “, a ajuda vem para reparar as perdas de renda para algumas fatias da sociedade durante o período de isolamento, quando as oportunidades de trabalho para essas categorias estão escassas.

Goudim Carneiro afirmou que muitos moradores se uniram em torno de uma rede solidária para compartilhar alimentos e outros itens de higiene pessoal. Em muitas residências, moram 10, 15 ou até 20 pessoas, que vão levando a rotina conforme o possível.

“Estamos tentando nos unir para levar informações importantes, alimentos e até material de higiene para as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social”, informou por sua vez o líder comunitário Pablo Araújo, membro de associações de moradores.

“Temos crianças correndo pelas ruas e idosos com problemas de saúde, o que facilita a disseminação da doença”, argumenta o morador.

Infectologistas têm alertado quanto aos cuidados para evitar a proliferação da COVID-19 em comunidades carentes do DF como o Sol Nascente e Pôr do Sol.

“Se esse vírus entrar nas comunidades mais carentes vai ser devastador, pois as pessoas vivem muito próximas umas das outras, aumentando as chances de contágio”, alerta o médico infectologista Edimilson Migowski.

Os moradores da Região Administrativa falam sobre as dificuldades de evitar contato com outras pessoas da cidade, pois, além das casas serem próximas, muitos precisam trabalhar para comprar alimentos e contribuir com as despesas da família.

“Se ficarmos dentro de casa, vamos morrer de fome” desabafou a moradora Maria da Glória, de 46 anos, que completou “Tenho dois filhos menores e uma neta que precisam de mim”.

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