“Não serei irresponsável para jogar o patrimônio moral e humano do povo de Brasília no lixo”. Essa foi a forma mais adequada que o médico Jofran Frejat, escolheu para dizer ao povo, que pode continuar como pré-candidato ao governo do Distrito Federal. E completou: “Essas são as condições que irei comunicar aos presidentes dos partidos que desejam ajudar a tirar Brasília do caos. Se não for dessa forma, não aceitarei”
Por Toni Duarte//RADARDF
A pequena rua do conjunto 6, da QL 8, do Lago Sul, bairro nobre de Brasília, ficou apertada para acolher tanta gente. Gente de Ceilândia, de Samambaia, Brazlândia, Paranoá, Santa Maria, Estrutural e de outros cantos do DF.
No meio do canteiro que divide a Estrada Parque Dom Bosco, principal via de rolamento do Lago Sul, e em cima de um palanque improvisado, serviu de berço para o nascimento da “nova política” na voz e na coragem de um cidadão piauiense de 81 anos de idade: Jofran Frejat.
O ex-secretário de saúde surpreendeu ao fazer o que a chamada “Geração Brasília”, capitaneada por Rodrigo Rollemberg e José Antonio Reguffe, não conseguiram cumprir o que prometeram durante a campanha de 2014. O primeiro se elegeu governador e continua com a vergonhosa política do toma-lá-dá-cá para se manter no poder.
Já o segundo, que se elegeu senador com o velho e batido discurso da austeridade, tornou-se um ausente como se morasse em outro planeta e como se não tivesse nenhuma responsabilidade pela má gestão do pior governador da historia de Brasília que o ajudou a eleger.
Mesmo batendo todos os recordes nas pesquisas de intenção de voto, realizadas nos últimos dois anos que lhe dá a chance de ser o próximo governador do DF, Frejat resolveu jogar para o alto por não aceitar o esquartejamento prévio do seu provável governo.
“Sou um homem de palavra. Tomei uma posição e comuniquei ao meu partido de que estaria fora do processo do jeito como tudo estava caminhando. Mas, diante da manifestação de vocês, que pedem que eu volte, tenho essa noite para repensar. Irei comunicar aos presidentes dos partidos que formam a coligação. Se for nas condições que eu julgo ser justa para o povo de Brasília, voltarei ser novamente pré-candidato”, disse Jofran Frejat.
O ex-secretário de saúde voltou a repetir:
“Não venderei a minha alma ao diabo e nem cederei à exigência daqueles que querem transformar o governo do povo em um balcão de negócios. Digo isso com maior tranquilidade e paz de espírito”.
Frejat afirmou que mora em Brasília desde 1963 e que no alto de seus 81 anos, tenta lutar ao lado da sofrida população do DF para ver Brasília ser novamente a capital da esperança.
“Aqui já foi o farol da prosperidade. No entanto, anos após anos, estamos assistindo tudo sendo destruído pela política do achaque que sequestra e usurpa o patrimônio que pertence unicamente a população”.
Frejat disse que no momento em que o seu nome começou a aparecer nas pesquisas, como pré-candidato ao governo do Distrito Federal, foi procurado por muitos e aceitou o desafio.
“O curioso é que, ao invés das pessoas somarem para resgatar Brasília, preferiram dividir em várias vias, não pelo interesse do povo, mas pelos seus próprios interesses”, revelou.
Frejat disse ter idade suficiente para meditar, observar e analisar para tomar uma posição correta e segura em nome do povo do Distrito Federal.
“Vocês vieram em minha casa e querem uma resposta. Pois muito bem: irei comunicar a todos os presidentes dos partidos, que desejam tirar Brasília do caos, que estou disposto a ficar. Não da forma como estavam conduzindo. Não irei colocar o meu nome em uma exposição indevida e nem o povo pode permitir. Aceitarei se me for permitido a liderar efetivamente o processo da minha eleição. É a condição”, disse Frejat.
