O deputado Daniel de Castro (PP) defende o PL 1211/2024, de autoria de Roosevelt Vilela (PL), que autoriza câmeras de segurança em escolas públicas do DF. “É uma medida necessária e urgente”, diz, destacando a proteção da comunidade escolar. Ele cita o aumento de 24% em lesões corporais em 2024 como prova da necessidade de monitoramento. Sobre a resistência do Sinpro-DF e deputados como Chico Vigilante e Fábio Félix, afirma: “As câmeras não visam o professor, mas a segurança de todos”. Critica a obstrução na CLDF e a cobertura tendenciosa do site da Casa, que omite o contexto da violência escolar.
Por que o senhor considera o PL 1211/2024 uma medida necessária e urgente para as escolas públicas do DF?
O Projeto de Lei 1211/2024 é uma medida necessária e urgente. A instalação de câmeras de segurança nas escolas públicas do Distrito Federal não é uma questão de vigilância ou desconfiança, mas sim de proteção da comunidade escolar. Estamos falando de ambientes onde estudam e trabalham crianças, adolescentes e servidores que merecem segurança. O aumento de 24% nos casos de lesão corporal em 2024 é um dado alarmante e evidência que a ausência de mecanismos de prevenção e monitoramento tem deixado alunos e profissionais vulneráveis.
Como o senhor avalia a resistência do Sinpro-DF e de deputados opositores ao projeto?
Resistência do Sinpro-DF e de deputados opositores. Respeito o debate democrático, mas não concordo com o discurso de que câmeras representam perseguição à docência. As câmeras não estão voltadas para o professor , estão voltadas para a segurança de todos. O professor será o primeiro beneficiado, porque muitas vezes é ele quem enfrenta situações de agressão dentro da sala de aula. O Sinpro-DF e parlamentares como Chico Vigilante e Fábio Félix estão ideologizando um tema que é essencialmente técnico e de proteção social. Defender a segurança escolar não é uma pauta de direita ou de esquerda, é uma pauta de bom senso.
O que o senhor acha da condução da sessão na CLDF que resultou em obstrução ao avanço do PL?
Condução da sessão e obstrução na CLDF. Foi lamentável ver uma sessão ser esvaziada ou obstruída diante de um tema tão sensível. Enquanto alguns fazem manobras regimentais para impedir o avanço da pauta, pais e alunos vivem o medo diário dentro das escolas. A Câmara Legislativa deveria ser o espaço do diálogo e da solução, não da omissão. A obstrução, nesse caso, serve apenas para atrasar a proteção de vidas. Nós precisamos de coragem para votar o que é certo, mesmo quando há pressão contrária.
Quais argumentos o senhor usa para destacar a urgência do videomonitoramento nas escolas?
Urgência do videomonitoramento. Casos como o estupro no Itapoã e o esfaqueamento no Riacho Fundo II são provas de que a omissão custa caro. Não podemos continuar reagindo apenas depois que tragédias acontecem. As câmeras são um instrumento preventivo, dissuasório e investigativo. Quem defende a escola pública de verdade deve defender que ela seja um ambiente seguro, acolhedor e monitorado. Segurança não é luxo — é dever do Estado.
O que o senhor pensa sobre a cobertura do site da CLDF em relação ao PL 1211/2024?
Cobertura do site da CLDF. A cobertura do site da Câmara Legislativa do Distrito Federal foi tendenciosa e desequilibrada, apresentando apenas críticas ao Projeto de Lei 1211/2024 e omitindo o contexto mais amplo da violência crescente nas escolas públicas. Esse tipo de postura fere o princípio da imparcialidade da comunicação institucional, que deve refletir pluralidade de opiniões e compromisso com a transparência. Diante disso, eu e os deputados, Roosevelt e Thiago Manzoni estamos protocolando junto à Mesa Diretora uma representação formal, solicitando apuração sobre o uso indevido dos canais oficiais da CLDF para promover falsas narrativas contra um projeto legítimo de segurança pública. O papel da comunicação da Casa é informar, não influenciar politicamente o debate. A população tem o direito de conhecer todos os lados de uma proposta e de entender que este projeto visa proteger vidas, e não atacar categorias.