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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

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“Perseguidor de Igrejas”: a marca que, até hoje, gruda em Rollemberg

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A Festa de Pentecostes 2025, realizada de sexta a domingo (8) no Taguaparque, em Taguatinga, Distrito Federal, reuniu milhares de fiéis em um momento de celebração religiosa e reflexão.

Além de exaltar a fé cristã, a Festa de Pentecostes 2025, realizada no Taguaparque, reacendeu memórias de episódios de intolerância religiosa no Distrito Federal.

Durante o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB, 2014–2018), templos, majoritariamente evangélicos, como o da Assembleia de Deus Madureira na Vila Planalto, foram derrubados sob a justificativa de ocupação em áreas irregulares.

A prática, que ainda povoa o consciente popular, registrado outubro de 2017, rendeu a Rollemberg a pecha de “perseguidor de igrejas”.

Em contrapartida, a popularidade do atual governador Ibaneis Rocha (MDB) foi reforçada durante a festa.

Aplaudido pela multidão, Ibaneis foi reconhecido por sua política de regularização de templos religiosos, uma resposta direta às demandas de comunidades cristãs e de outras crenças.

A presença maciça de fiéis no evento demonstrou apoio às iniciativas de Ibaneis, que contrastam com as ações de seu antecessor.

Rollemberg, por sua vez, também enfrentou críticas por sua associação com o médium João de Deus, de Abadiânia–GO, preso em dezembro de 2018, acusado de abusos sexuais contra mais de 300 mulheres na Casa Dom Inácio de Loyola.

Durante seu governo, Rollemberg mantinha laços estreitos com o líder espiritual, com uma grande foto de João de Deus decorando seu gabinete no Palácio do Buriti, onde cultuava seis heróis, como Miguel Arraes, Oscar Niemeyer, Jamil Haddad, Lucio Costa, Eduardo Campos, Cora Coralina, JK e seus pais, Teresa e Armando Rollemberg, entre outros.

Quando João de Deus caiu em desgraça, assim como o ex-presidente Lula, preso envolto nas denúncias da Lava-Jato, Rollemberg rapidamente mandou retirar os retratos de ambos das paredes de seu gabinete, buscando se distanciar dos dois amigos.

Durante seu governo, Rollemberg mantinha laços estreitos com o líder espiritual, com uma grande foto de João de Deus decorando seu gabinete.

Após a prisão do médium, o ex-governador se distanciou rapidamente, negando qualquer proximidade ou perseguição a igrejas.

Contudo, as marcas de sua gestão permanecem: a rejeição popular e a não reeleição em 2018 o consolidaram, para muitos, como o pior governador da história do DF.

A Festa de Pentecostes 2025, portanto, foi mais do que um evento religioso.

Representou um momento de celebração da fé, de crítica à intolerância do passado e de apoio a políticas que respeitam a diversidade religiosa, com Ibaneis Rocha saindo fortalecido perante os fiéis.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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