Após a alta do preço do café e do ovo, a promessa não cumprida de garantir picanha para o povo, além da crise do Pix no início do ano, a popularidade de Lula mergulha num inferno astral que não deve passar tão cedo.
O roubo de mais de R$6 bilhões das aposentadorias de milhares de idosos, especialmente no norte e nordeste, faz a popularidade do governo despencar ainda mais em todos os cantos do país.
A um ano e sete meses das eleições de 2026, quando Luiz Inácio Lula da Silva tentará a reeleição, esses beneficiários, muitos sem acesso à internet ou ao aplicativo Meu INSS, foram vítimas de descontos indevidos em seus benefícios, e a inação do governo em devolver esses valores gera indignação.
A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que 42% dos beneficiários desconhecem o portal Meu INSS, e 67% das vítimas de fraudes são aposentados rurais, um indicativo da vulnerabilidade de uma população abandonada pelo poder público.
O governo Lula, que se elegeu prometendo justiça social, demonstra uma incapacidade alarmante de enfrentar o problema.
Estima-se que 3 a 5 milhões de aposentados e pensionistas, dos 37 milhões atendidos pelo INSS, não têm acesso ou não sabem usar o Meu INSS, especialmente em áreas remotas do Norte e nordeste, onde a infraestrutura de internet é precária.
A dependência de intermediários, devido à exclusão digital, expôs esses idosos a fraudes, com 9 milhões de beneficiários notificados por descontos indevidos entre 2020 e 2025.
No entanto, o governo não apresenta um plano claro para restituir os valores roubados, limitando-se a promessas vagas de parcerias com Correios e prefeituras.
A resposta do governo tem sido insuficiente e descoordenada.
A central telefônica 135 está congestionada, o atendimento presencial é limitado a 2 milhões de pessoas mensalmente.
O Meu INSS, além de instável, exige cadastros complexos, como conta Gov.br com nível ouro, inacessíveis para idosos com baixa alfabetização digital.
A ausência de programas robustos de educação digital ou de canais alternativos para os excluídos escancara digitalmente a falta de prioridade do governo Lula em proteger os direitos dos aposentados rurais.
O impacto político é inegável. A um ano e sete meses da eleição, o escândalo dos aposentados se torna um símbolo da desconexão entre Lula e as camadas mais vulneráveis, justamente aquelas que historicamente apoiaram o PT.
Sem uma estratégia efetiva para devolver o dinheiro roubado e incluir digitalmente os idosos, o governo arrisca alienar ainda mais seu eleitorado.
Lula parece pavimentar um caminho para uma derrota eleitoral em 2026, marcada pela memória de um roubo que poderia ter sido evitado.