Na primeira reunião ministerial de 2025, realizada na última segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que “2026 já começou”, o que indica o início antecipado da disputa eleitoral pelo próximo mandato.
A fala de Lula sugere que a disputa pelo Palácio do Planalto já é próxima, demonstrando preocupação com a intensa polarização política no país.
Esse cenário é agravado pela popularidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, apesar de uma condenação que o levou à inelegibilidade, continua sendo uma figura influente no cenário político.
As preocupações de Lula são que o seu governo, que já teve dois anos de duração, ainda não conseguiu criar uma marca que possa ser percebida pela sociedade. Ou seja, o chamado “Lula 3” continua sem relevância.
Até o presente momento, não houve progresso significativo na área de Segurança Pública, onde a incidência do crime organizado aumentou de forma exponencial nos últimos dois anos.
No último dia 15, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a qual o governador Ronaldo Caiado, classifica como “inconstitucional”.
Segundo o mandatário de Goiás e eventual candidato ao Planalto em 2026, a PEC do governo Lula abre brecha para interferência da União na autonomia dos governos locais na gestão da segurança.
O cenário também é preocupante na Educação e, sobretudo, na Saúde, onde as filas quilométricas para cirurgias eletivas continuam sendo o grande problema no país.
Lula passou dois anos remoendo o discuso em defesa da democracia, e se esqueceu de entregar resultados concretos para a população.
Além disso, o aumento da inflação tem corroído o poder de compra da população, transformando promessas de campanha em motivo de frustração.
O tão esperado “churrasco com picanha aos domingos” deu lugar a adaptações criativas e irônicas, como o popular “churrasquinho de ovo”, devido ao impacto direto da alta nos preços no cotidiano dos brasileiros.
Essa diferença de expectativas e resultados prejudica o governo Lula, que já está desgastado por decisões polêmicas, como a reviravolta em relação ao PIX.
Nesse contexto, a ausência de resultados concretos do governo petista pode se tornar um sério empecilho à concretização de um eventual “Lula 4”.