Enquanto sete capitais do país aumentaram as passagens de ônibus urbanos neste primeiro mês de 2025, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, decidiu não aumentar a tarifa dos ônibus da capital federal.
Os reajustes já foram anunciados em Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador (BA).
O governador Ibaneis compreende que os trabalhadores que utilizam os serviços de transporte público já enfrentam uma carga excessiva devido à alta dos preços provocada pela política econômica do governo Lula.
Ibaneis Rocha decidiu manter o congelamento das tarifas até o final do seu segundo mandato.
Os valores serão mantidos em R$ 2,70 para viagens curtas, R$ 3,80 para deslocamentos entre áreas administrativas e R$ 5,50 para viagens longas ou para o metrô.
Ibaneis está certo ao classificar a sua decisão como mais uma transferência de renda do seu governo para uma parcela da população de trabalhadores que está sofrendo com a perda do poder de compra.
Apesar do aumento real do salário mínimo, o poder de compra do brasileiro continuará estagnado até 2026, de acordo com a avaliação de setores econômicos.
Pesquisas também mostram que os fatores econômicos que afetam o bolso dos trabalhadores brasileiros ajudam a explicar a avaliação negativa que parte da população faz do governo Lula.
A determinação de Ibaneis Rocha de não penalizar ainda mais os usuários do transporte público tem o apoio da maioria dos 24 deputados da Câmara Legislativa.
O deputado Martins Machado, vice-presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, considera a decisão do governador Ibaneis Rocha de manter as tarifas de ônibus urbanos congeladas até 2026 como uma decisão relevante para a sociedade.
” Essa disposição do governador, com certeza, evitará impactos financeiros para as famílias que utilizam, em sua rotina, do transporte público. Trata-se de incremento social na transferência de renda para os cidadãos mais necessitados” disse o distrital ao Radar DF nesta terça-feira (14).
De acordo com Martins Machado, a medida representa um aumento no subsídio do governo para as despesas das empresas de transporte público. “Todo esse esforço tem como objetivo promover a acessibilidade para a população, especialmente aquelas de baixa renda”.
Ao analisar experiências de outras cidades brasileiras que já adotaram a “tarifa zero” aos domingos e feriados, o distrital acredita que, se for implantado no DF, seria benéfico para a população.
“A acessibilidade ao transporte, sobretudo para as famílias em dias de lazer, seria uma melhoria na qualidade de vida da população de baixa renda. Sou totalmente favorável. Terá meu apoio”, concluiu.
*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF