Trinta e quatro mil servidores da Saúde estão prontos para derrotar duas forças partidárias que querem controlar o Sindsaúde, o maior sindicato da categoria no Distrito Federal. Apesar de ter sido suspensa as eleições, pela segunda vez, por manobras judiciais, que tem o dedo do governo, no entanto, os servidores estão certos de que irão impor uma grande derrota a Rollemberg por ter dado o calote nos servidores e por ter transformado o sistema de saúde num caos
s eleições para a presidência do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília – SindSaúde-DF, que ocorreriam nos dias 28, 29 e 30 deste mês, foram novamente suspensas, pela segunda vez, por uma Juíza da 7a Vara do Tribunal Regional do Trabalho 10a Região (TRT-DF).
Na primeira vez que as eleições foram suspensas a justiça determinou que fosse aberta a exceção para que membros do governo, que exercem cargos comissionados, pudesse se candidatarem. A decisão foi cumprida.
“Agora a chapa laranja de Rollemberg/CUT, alega na justiça que houve falsificação de documento, o que é uma mentira. Na verdade, os laranjas de Rollemberg tentam ganhar tempo, porque sequer conseguem o número suficiente de candidatos para compor a chapa. A chapa laranja precisava de 78 candidatos e tinha apenas 71 candidatos”, explicou ao Radar a presidente do Sindsaúde, Marli Rodrigues, que vai disputar a reeleição.
O jogo contra o Sindisaúde é bruto desde as ameaças públicas feitas no ano passado pelo governador Rodrigo Rollemberg ao afirmar, pelos jornais e TVs, que a sindicalista Marli Rodrigues iria “pagar muito caro” por ter denunciado ele e a mulher dele, Márcia Rollemberg, em um suposto esquema de corrupção dentro da Secretaria de saúde. O caso continua sendo investigado pelo Ministério Público e pela CPI da Saúde da Câmara Legislativa.
Além disso, é uma questão de honra para Rollemberg ver Marli Rodrigues fora do jogo por ser o grande empecilho que atrapalhou a implantação das OSs ao sistema de saúde do DF. Marli também faz críticas à proposta de privatização do Hospital de Base que se encontra tramitando nas comissões da Câmara Legislativa. “Rollemberg quer entregar o Hospital de Base, um dos maiores patrimônios da população do DF, a grupos privados utilizando o dinheiro público. Os servidores da Saúde se colocam contra essa tentativa”, afirmou.
Há um sentimento de revolta contra o governo que deu o calote nos servidores ao deixar de pagar a última parcela do aumento, estabelecido em lei em 2014. A sindicalista Marli Rodrigues afirmou que nunca na história de um governo do DF a categoria dos servidores públicos, principalmente os servidores da saúde, foi tão humilhada e roubada em seus direitos adquiridos como no governo de Rodrigo Rollemberg.
De acordo com as denúncias feitas pelos próprios servidores da saúde o PSB, partido do governador e a CUT teriam se unido com o objetivo de embaraçar as eleições nas vias judiciais com o fito de tirar Marli do pleito eleitoral. “Eles podem fazer o que quiserem, mas não conseguirão tomar o sindicato e nem impedir a ampla vontade da maioria dos servidores que são todos contra Rollemberg”, disse Marli.
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