Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou alto risco de desabastecimento de insulinas de ação rápida a partir de maio deste ano, no Sistema Público de Saúde (SUS). O medicamento é utilizado no tratamento do diabetes mellitus.
De acordo com a auditoria o perigo existe devido à ausência de propostas nos dois pregões mais recentes para a aquisição de insulina. Deve-se evitar o estoque insuficiente do produto, que cobriria as necessidades dos pacientes apenas até abril deste ano.
O Ministério da Saúde não confirmou nem desmentiu o risco de desabastecimento a partir de maio. Apenas respondeu, por meio de nota, que “atualmente, a rede do SUS está abastecida com o medicamento”.
“A atual gestão da pasta está empenhada em fortalecer e aperfeiçoar os processos, assegurando o acesso a medicamentos pela população brasileira”, diz o enunciado.
A insulina de ação rápida é prescrita para pacientes com diabetes tipo 1. Nesses casos, o pâncreas pára de produzir o hormônio e a medicação serve para manter os níveis de glicose estáveis depois da ingestão de alimentos.
“Sendo assim, seria quase certo o desabastecimento de insulina análoga de ação rápida de maio a meados de junho de 2023. Uma possibilidade mais positiva, seria uma empresa com produto registrado no Brasil antecipar a entrega da primeira remessa para 30 dias, ou antes, o que poderia evitar o desabastecimento, dependendo da cota ofertada”, diz o relatório do TCU.