Cerca de 70 das 12 mil pessoas portadoras do vírus HIV no Distrito Federal, há dois meses deixaram de receberem tratamento antirretroviral na rede pública de saúde, segundo o presidente da ONG Amigos da Vida, Christiano Ramos – que atua no atendimento a pessoas com AIDS
A medicação lamivudina está em falta nos principais centros de referência da capital federal. Mas o secretario de Saúde, Humberto Fonseca afirma que a distribuição do coquetel já está normal.
“É a primeira vez que vejo faltar coquetel no DF, isso é grave. É um remédio que não pode faltar, senão volta a ter a carga viral reativada e compromete a situação de saúde das pessoas.”, disse Christiano Ramos apontando a falta do antirretroviral lamivudina, um dos medicamentos do coquetel para o tratamento da Aids.
O Ministério da Saúde, responsável pelo fornecimento do remédio, negou o desabastecimento, mas pontuou que cabe aos estados “estabelecer um fluxo de distribuição”. A Secretaria de Saúde do DF, reconhece que houve a falta do medicamento, mas afirma que “a situação já está normalizada” e nem deixa claro quanto tempo deixou de distribuir o antirretroviral.
Atualmente no DF, 8,4 mil pessoas fazem tratamento de combate à Aids na rede pública de saúde. A lamivudina faz parte da chamada “terapia antirretroviral de alta potência”, combinada com outros dois medicamentos.
No Distrito Federal, sete unidades de saúde atendem pacientes que convivem com a doença:
Hospital Dia (Asa Sul)
Farmácia Escola Hospital Universitário de Brasília (Asa Norte)
Ambulatório de Ceilândia (Ceilândia)
Unidade Básica de Saúde nº 5 (Gama)
Unidade Básica de Saúde nº 1 (Planaltina)
Unidade Básica de Saúde nº 1 (Sobradinho)
Policlínica (Taguatinga)