O ASSUNTO É

ROLLEMEBERG TERÁ QUE PAGAR pecúnias da Saúde que chegam a R$ 71 milhões a partir de junho

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O Chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio voltou a se reunir como uma comissão de aposentados da saúde, assistida pelo Sindsaúde, para a retomada das discussões sobre o pagamento das pecúnias dos servidores que se aposentaram em 2016, apesar de a Lei 840 determinar a quitação em até 60 dias. O GDF promete estudar uma forma para começar a pagar a partir do segundo semestre

a tarde desta sexta-feira (18), a Comissão de Aposentados da Saúde, juntamente com o SindSaúde, (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília), se reuniram com o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio para darem início às discussões sobre o pagamento das pecúnias dos servidores que se aposentaram em 2016.

No mês passado, dois dias após o encerramento da greve dos professores da rede publica do DF, o governador Rodrigo Rollemberg havia anunciado que o pagamento das pecúnias começaria a partir do 2° semestre, limitado os recursos até o valor de R$ 100 milhões. Somente as pecúnias da saúde totalizam R$ 71 milhões. As dos professores aposentados chegam a R$ 101 milhões.

Diante do impasse, Sérgio Sampaio afirmou que o governo vai começar a pagar a partir do mês de julho, num cronograma que ainda será apresentado, obedecendo à data de aposentadoria dos servidores.

Devido ao fato de os recursos disponíveis não abarcarem a quitação das pecúnias dos aposentados da saúde, os deputados Júlio César (PRB) e Raimundo Ribeiro (PPS), que participaram da audiência na Casa Civil, debateram  com o governo a possibilidade de acrescentar uma emenda ao projeto de transferência de fundos, enviado pelo Executivo  em tramitação na CLDF.

O projeto se encontra na Câmara Legislativa desde 2015. A iniciativa do governo permitirá a transferência do superávit do Fundo Previdenciário do Distrito Federal para a manutenção do Fundo Financeiro que está deficitário.

Raimundo Ribeiro destacou sua condição de oposição responsável, firmando compromisso com o chefe da Casa Civil de flexibilizar sua posição política de não votar projetos de cunho econômicos enviados pelo Executivo.

“Essa decisão é balizada no desejo de atender os servidores que se encontram angustiados com a possibilidade de não receberem suas pecúnias”, afirmou o distrital. O secretário Sérgio Sampaio se comprometeu a levar a proposta da emenda sugerida por Júlio César à equipe econômica do governo para deliberarem sobre sua viabilidade.

Sampaio informou ainda que, por causa da grande dificuldade econômica do tesouro local, o GDF tem orientado as secretarias a não impedirem os servidores de usufruírem de suas licenças-prêmio. A reunião foi finalizada com a promessa do governo  convidar a colaboradora do SindSaúde, Silene Almeida para compor o grupo de trabalho, equipe que vai elaborar o cronograma de pagamento das pecúnias.

Já a presidente do Sindsaúde, Marli Rodrigues, afirmou que a entidade representativa dos servidores da Saúde vai continuar mantendo o seu compromisso de continuar à frente dessa luta em benefício dos servidores aposentados, independente da categoria que se aposentaram após anos de intensa dedicação à SES e à sociedade.

Segundo a sindicalista, esse grupo de aposentados é composto por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, administrativos, motoristas e auxiliares de serviços diversos. “Esses servidores quando se aposentam perdem a identidade, deixando de ser uma categoria funcional e passa ser apenas “aposentado. Daí o interesse desse sindicato em defendê-los e ajudar a elevar  a auto-estima desses eternos servidores da saúde pública ”, disse Marli”.

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