Conforme mostra a Secretaria de Saúde (SES-DF), nos três primeiros meses de 2023, foram entregues 1.455 frascos de medicamentos de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV para pacientes da capital.
A pasta registrou um aumento de 56%, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram entregues 928 antirretrovirais (ARV). O medicamento reduz consideravelmente o risco de contrair o HIV.
A profilaxia faz parte das estratégias de prevenção combinada do vírus na rede pública de saúde do DF, desde 2018. Alguns grupos específicos são mais propícios a pegar HIV. Nesse caso, essa população tem prioridade para tomar o medicamento.
A medida se mostrou segura para pessoas com risco aumentado de ser infectado pelo vírus da Aids. A SES-DF dispensou, no total, 4.309 antirretrovirais da PrEP, no acumulado do ano de 2022.
Dados do Ministério da Saúde apontam que entre março do ano passado e o mesmo período deste ano, o DF tinha 1.534 usuários do medicamento. Desses, 48% estavam entre a faixa etária de 30 e 39 anos e 91,9% se identificavam como gay.
“A gente tem duas formas de utilizar a PrEP, que vai ser discutido de acordo com a avaliação do médico. Temos a PrEP diária, de uso contínuo, a depender a situação de vulnerabilidade do paciente, e a PrEP sob demanda, na qual a pessoa vai se expor em uma situação esporádica de risco e quer se prevenir”, explica a gerente da Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz.
Ela lembra que o uso do medicamento é indicado para pessoas que nem sempre fazem uso de preservativo na relação sexual. Profissionais do sexo, usuários de drogas, indivíduos que apresentam histórico de doenças sexualmente transmissíveis ou casais sorodiscordantes estão inclusos.