O ASSUNTO É

POVO HUMILHADO NA PORTA DO HOSPITAL: Quatro dias sem médico no HRAN levam pacientes ao desespero

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medico-3Às 21 horas desta quarta-feira 05, Gardênia Matos se contorcia de dores quando finalmente foi atendida por um clinico geral que acabava de chegar ao plantão. Ela, e dezenas de outros pacientes esperaram por mais de 15 horas por um médico no maior pronto atendimento de Brasília ,o HRAN da Asa Norte. Hoje poderá ser mais um dia sem médico.

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LETRA Pacientes reclamando da falta de médicos ou a presença de algum veículo de imprensa querendo denunciar já não causa nenhum efeito prático para que a gestão da saúde pública de Brasília melhore e tome providências para botar os hospitais nos eixos.

O caos instalado no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) é o retrato fiel de como anda todo o sistema de saúde do governo Rollemberg. Inaugurado em 4 de dezembro de 1984, o HRAN virou sucata. O presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho, avaliou que o maior hospital de pronto atendimento do DF está em decadência. “Não por falta de dinheiro como o atual governo tenta fazer a população acreditar, mas por falta de gestão e má-fé”, disse ao Radar.

Gutemberg disse que o HRAN tem um ou dois médicos para atender os pacientes internados e a população que chega à portada do hospital fica sem ser atendida e que, além disso, o governador Rodrigo Rollemberg, segundo ele, está confiscando o salário inicial dos médicos deixando de pagar as gratificações obrigatórias que são em torno de dois mil reais o que deixa de ser atrativo para os profissionais de medicina.

gutemberg“Muitos médicos estão pedindo demissão por causa dessa situação. O HRAN é o principal pronto-socorro e clínica médica de referência do Plano Piloto está praticamente fechado  por falta de compromisso do governo para com a população”, apontou Gutemberg Fialho.

Ele classificou como “ato criminoso” o que o governo vem fazendo com o dinheiro da saúde ao aplicar no mercado financeiro quando falta tudo dentro dos hospitais. “São pacientes que deixam de fazer hemodiálise porque a máquina está quebrada, são pacientes que deixam de ter aplicação da quimioterapia e estão indo a óbito porque não existe equipamentos e insumos. Está faltando roupa para os médicos se vestirem. Esse é o retrato do caos”, afirmou.

Por Fim, Gutemberg afirmou que irá solicitar da Controladoria Geral da União o relatório em que auditores constatam que o governo de Brasília vem aplicando criminosamente no BRB os recursos para a Atenção Básica de Saúde do DF. “O sindicato dos Médicos entrará com uma ação civil junto ao Ministério Público para acabar com a farra”, afirmou.

Da Redação Radar

OUÇA O DRAMÁTICO DEPOIMENTO DE UMA PACIENTE

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