Cerca de duas mil pessoas que estão na fila de cirurgia de hérnia e vesícula no Hospital Regional de Taguatinga vão permanecer com as dores e o sofrimento trazido por essas doenças. A Secretaria de Saúde do governo de Brasília mandou suspender o tratamento. Os médicos residentes criticam a medida e conclamam a população do DF a reagir
Carta dos Médicos Residentes de Cirurgia Geral do HRT à População do Distrito Federal
Nós, médicos residentes de Cirurgia Geral do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), por meio desta carta, informamos à população do Distrito Federal que, por ordem da Superintendência da Regional Sudoeste de Saúde, o HRT NÃO FARÁ MAIS CIRURGIAS MARCADAS DE HÉRNIA E VESÍCULA, estando todas as cirurgias, SUSPENSAS a partir desse mês de julho. Além disso, também por ordem da superintendência da regional, o PRONTO SOCORRO DE CIRURGIA GERAL DO HOSPITAL REGIONAL DE SAMAMBAIA ESTÁ FECHADO desde o dia 01/06/2017.
Queremos deixar claro que SOMOS CONTRA essas decisões pois sabemos que o HRT não suporta toda a demanda de emergências da regional, uma das mais populosas do DF. Além disso, a fila para realização de cirurgias de hérnia e vesícula é imensa, chegando a mais de 2 mil pessoas e grande parte delas aguardam uma média de 5 ANOS para serem convocadas, permanecendo assim com as dores e o sofrimento trazido por essas doenças.
A SES-DF justifica essa atitude dizendo que esses procedimentos serão realizados no Hospital Regional de Samambaia. Ao invés de MANTER AMBOS os hospitais realizando essas cirurgias e o atendimento de PS para que se tente reduzir o tempo de espera para convocação dos pacientes, a superintendente decide por abrir um serviço de cirurgias de médio porte ao mesmo tempo em que fecha um dos principais serviços de Cirurgia Geral do Distrito Federal, prejudicando também o ensino de cirurgia a médicos em formação neste hospital, que há mais de 40 anos é referência na área.
Por este motivo, nós, médicos residentes de Cirurgia Geral do HRT, PARALISAREMOS nossas atividades a partir do dia 07/07/2017, mantendo apenas o atendimento de emergência e convocamos a população do DF a unir forças junto aos residentes deste hospital para lutarmos pela saúde do nosso DF.