Ministério Público denunciou um grupo de 13 pessoas à Justiça por entender que a contratação da Cruz Vermelha de Petrópolis pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal foi feita de forma irregular. O grupo – incluindo ex-gestores da secretaria, ex-membros do Conselho de Saúde, e a cúpula da organização social – é acusado dos crimes de lavagem de dinheiro, peculato, falsificação de documento público e dispensa de licitação
A denúncia é consequência das duas fases da operação “Genebra”, realizadas em junho, que contou com busca e apreensão na Secretaria de Saúde e prisão preventiva ou condução coercitiva de alvos. Se a 1ª Vara Criminal aceitar a denúncia, o grupo passa a ser considerado réu. O G1 tenta contato com a defesa dos acusados.
O objetivo é punir os responsáveis pelo desvio dos R$ 3,46 milhões repassados à Cruz Vermelha de Petrópolis, quando a organização foi contratada em 2010 para administrar as unidades de Pronto-Atendimento (UPA) do Recanto das Emas e de São Sebastião. O acordo foi suspenso dois meses depois, e a organização social (OS) não prestou de fato nenhum serviço, afirma o MP. Corrigidos, os valores ultrapassam R$ 9,7 milhões.
Peculato
Para o MP, o objetivo era da contratação era desviar dinheiro público. Após a contratação, na época, a Secretaria de Saúde tentou reaver o dinheiro, mas a OS argumentou que já haviam sido feitos gastos e compromissos com o dinheiro público, e pediu reconsideração – sem juntar qualquer documento ou prova de que o dinheiro seria ou estava sendo usado na gestão das UPAs.