A Moderna está processando a Pfizer e sua parceira alemã BioNTech por violação de patente no desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.
A empresa alega que eles copiaram a tecnologia que a Moderna desenvolveu anos antes da pandemia (a RNA mensageiro).
O processo, que busca indenizações monetárias indeterminadas, está sendo aberto no Tribunal Distrital dos EUA em Massachusetts e no Tribunal Regional de Dusseldorf, na Alemanha.
“Estamos entrando com esses processos para proteger a inovadora plataforma de tecnologia de mRNA na qual fomos pioneiros, investimos bilhões de dólares na criação e patenteamos durante a década anterior à pandemia de Covid-19”, esclareceu o presidente-executivo da Moderna, Stephane Bancel, em comunicado.
Em resposta, a Pfizer disse que foi surpreendida com o processo e que se defenderá ‘vigorosamente’ da acusação. A acusada alega que a tecnologia empregada na fabricação do imunizante é de propriedade da BioNTech.
“A Pfizer/BioNTech ainda não revisou totalmente a alegação, mas está surpresa com o litígio, dado que a vacina foi baseada na tecnologia de mRNA de propriedade da BioNTech e desenvolvida pela BioNTech e pela Pfizer”.
A Moderna foi inovadora na tecnologia de vacina de RNA mensageiro (mRNA), com apenas uma década, que permitiu a velocidade sem precedentes no desenvolvimento da vacina contra o Covid-19.
O avanço nas vacinas de mRNA ensinam as células humanas a produzir uma proteína que desencadeará uma resposta imune. Um processo de aprovação que antes levava anos, foi concluído em meses.
A BioNTech, com sede na Alemanha, também trabalhava nesse campo quando se associou à farmacêutica americana Pfizer.
A Food and Drug Administration dos EUA concedeu autorização de uso emergencial para a vacina contra a Covid-19 primeiro à Pfizer/BioNTech em dezembro de 2020 e, uma semana depois, à Moderna.
A Moderna reclama que a Pfizer/ BioNTech copiou a tecnologia de mRNA que a Moderna havia patenteado entre 2010 e 2016, bem antes do vírus surgir.
As duas empresas estão enfrentando vários processos judiciais de outras corporações que dizem que a vacina da parceria infringe suas patentes. A Pfizer/BioNTech disse que se defenderá vigorosamente.