Renilson Rehem de Souza, diretor do Hospital da Criança de Brasília, foi afastado pela justiça por atos de improbidades administrativos. O amigo íntimo de Rollemberg faz campanha declarada para que o Sistema de Saúde do DF seja administrado por organizações sociais
justiça determinou por um prazo de 90 dias o afastamento do diretor do Hospital da Criança e determinou que a Secretaria de Saúde indique um servidor público efetivo com experiência em função similar, para ocupar o cargo sem remuneração. O Conselho de Saúde do DF tem a missão de escolher o novo administrador do Hospital. Até lá, a gestão ficará sob a responsabilidade do superintendente executivo adjunto.
A decisão é do juiz Jansen Fialho de Almeida, da 3ª Vara de Fazenda Pública, publicada no Diário da Justiça nesta quinta-feira (17), em decorrência de uma ação de improbidade movida pela 2ª e pela 4ª promotorias de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público do DF.
O MP apontou irregularidades no contrato de gestão do hospital e entrou com ação de improbidade contra Renilson, contra o Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe), contra o ex-governador Agnelo Queiroz, além de ex-gestores da saúde, como Rafael Barbosa e Elias Miziara.
“A ação visa responsabilizar os réus pela celebração do novo contrato de gestão com o Icipe, que não só reproduziu os vícios do contrato de gestão anterior, como também incluiu novas ilicitudes, as quais afrontam os princípios administrativos constitucionais”, diz o juiz na sua decisão.
O deputado Wellington Luiz, presidente da CPI da Saúde, disse ao Radar que esse novo caso reforça a prorrogação da CPI da Saúde que vem sendo boicotada pelo governador Rodrigo Rollemberg ao exigir de deputados obedientes a ele para não aprovar o requerimento de prorrogação. O deputado disse ainda, que o administrador afastado do Hospital da Criança será convocado a depor na CPI. “Penso que Rollemberg tem muito medo disso”, afirmou o parlamentar.
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