Entre os anos 2000 e metade de 2022, foram registrados 149.591 casos de gestantes com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da aids, no Brasil. Os dados são do Ministério da Saúde.
Dos registros, 30,2% das mulheres grávidas descobriram a infecção durante o pré-natal.
Existe a possibilidade que a mãe transmita o vírus para o bebê durante a gestação, em uma situação que é chamada de transmissão vertical.
“O risco de uma mulher grávida transmitir HIV para seu bebê varia de 15% a 45%”, afirma a infectologista Sumire Sakabe, do hospital Nove de Julho.
A especialista destaca que o risco pode cair para menos de 2% se as mães infectadas fizerem o tratamento adequado.
Dentre as recomendações está, manter a carga viral indetectável, receber medicação contra HIV durante o parto e não amamentar os recém-nascidos.
Os casos em crianças menores de 5 anos de idade se mantiveram estáveis nos dois últimos anos, e não é o número de gestantes infectadas pelo HIV que determina a possibilidade de transmissão.
A especialista analisa que algumas mulheres deixam de fumar e beber no momento em que se descobrem grávidas”. De forma análoga, para a maioria das grávidas infectadas, gestar um bebê faz com que caprichem ainda mais na tomada dos seus remédios por elas e para o bebê que chega”.