Os deputados distritais Lira e Robério Negreiros estão se lixando para a situação desesperadora de centenas de pessoas internadas, de forma precária e condenadas a morte por falta de cuidados médicos, nos hospitais do Distrito Federal. Os dois distritais trabalham a mando de Rollemberg pelo fim da CPI que investiga a roubalheira de milhões de reais do sistema de saúde pública. Que covardia!
sangria dos recursos públicos que vem sendo desviados nos últimos seis anos do falido sistema de saúde do Distrito Federal pode deixar de ser investigado caso não for prorrogado o prazo da CPI da Saúde da Câmara Legislativa, conforme propôs nesta quinta-feira o presidente da comissão, Wellington Luiz (PMDB). A CPI tem validade até a próxima sexta-feira (25).
O requerimento não foi votado pelos integrantes da CPI. O deputado Lira que é o relator da comissão, escafedeu-se logo após ter recebido uma ligação telefônica do governador Rodrigo Rollemberg que lhe ordenou a não aprovar coisa nenhuma. O distrital fugiu do plenário. Lira usa o mandado a serviço de Rollemberg em troca de alguns cargos dentro do governo, a exemplo da Administração Regional de São Sebastião transformada em cabide de empregos.
Outro membro da CPI que se declarou contrário a continuidade das investigações foi o deputado Robério Negreiro (PSDB) que usa o mandato de deputado apenas para manter os negócios da família junto ao GDF.
Em junho desse ano, a Brasfort empresa de segurança da família do deputado foi à vencedora de três contratos emergenciais para contratar 1.988 vigilantes e supervisores. Os negreiros faturam do governo R$ 77,3 milhões. Além disso, Robério Negreiros tem em seu controle duas administrações com mais de 400 cargos.
O deputado Wellington Luiz, presidente da CPI da Saúde, disse ao Radar que convocou uma reunião de todos os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito para uma reunião de emergência, marcada para a próxima segunda-feira (21). “Espero que os deputados membros da CPI tenham a decência e a responsabilidade de comparecer ao encontro e aprovar o requerimento que prorroga o prazo da CPI da Saúde por mais 180 dias”, disse o deputado.
“Caso isso não ocorra eu irei para a tribuna denunciar esse sórdido esquema de tentativa de abafar uma CPI que investiga a sangria do dinheiro público que deveria ser empregado para salvar as vidas das pessoas que estão morrendo nas portas dos hospitais do DF. Aproveito também para conclamar os mais diversos setores da sociedade de Brasília a não me deixar sozinho nesta causa. Sinceramente, eu tenho vergonha de ser deputado distrital”, desabafou o presidente da CPI da Saúde.
Wellington Luiz afirmou que tanto a sociedade, bem como os órgãos de fiscalização e o Poder Judiciário entendem que as investigações que vem sendo feitas pela CPI são importantes para esclarecer uma situação onde milhões de reais estão sumindo pelo ralo da corrupção.
“Aqueles deputados que são submissos e que tem o rabo preso com o governo, demonstram que não ter nenhum compromisso com a sociedade. Isso é uma vergonha para o legislativo e um tapa na cara da sociedade”, disse Wellington.
Ele destacou que o setor mais saúde sensível do governo é a saúde, onde as pessoas mais carentes estão morrendo por falta do atendimento. Ele citou um caso da morte de uma criança de três anos, fato denunciado pelo deputado Joe Valle (PDT) na tribuna da CLDF.
“Imagina a dor dessa família. Não para fechar os olhos. Penso que quem fecha os olhos para essa situação é tão criminoso quanto aos que roubam o dinheiro público. O Lira fez um papel covarde. Ainda teve a coragem de ligar pra mim dizendo que a mulher dele havia desmaiado e que por isso teve que se ausentar”, lamentou.
Composição da CPI da Saúde
Os integrantes da CPI : Wellington Luiz, Cristiano Araújo Lira, Wasny de Roure, Bispo Renato, Robério Negreiros, Júlio César.
Júlio César e Cristiano Araújo pediram afastamento temporário da CPI da Saúde e foram substituídos por Luzia de Paula e Sandra Faraj.
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