Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostra que a cada dois segundos, uma pessoa com menos de 70 anos morre em decorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).
Dentre as enfermidades, estão as cardiovasculares, pulmonares, cânceres e diabetes. O relatório da OMS divulgado nessa quarta-feira (21), revela que esses malefícios são responsáveis por 74% dos óbitos no mundo.
No entanto, representantes do órgão das Nações Unidas afirmaram que milhões de vidas podem ser salvas com estratégias preventivas. A declaração foi na divulgação do documento, em Genebra.
A Organização destaca que as doenças são evitáveis e causadas por estilos de vida pouco saudáveis. Além disso, matam 41 milhões de pessoas a cada ano, dessas, 17 milhões têm menos que 70 anos. Que vivem em países de baixa e média renda, são 86%.
Michael R. Bloomberg ressalta que “doenças não transmissíveis são as maiores causas de morte silenciosa, mas, muitas vezes, podem ser prevenidas com investimento em intervenções comprovadas e econômicas”, diz o fundador da Bloomberg Philanthropies e embaixador Global de Doenças e Lesões não Transmissíveis da OMS.
A direção geral acredita que esse relatório é um lembrete da verdadeira escala da ameaça representada pelas DNTs e seus fatores de risco.
Existem intervenções de DNTs com boa relação custo-benefício e aplicáveis globalmente. Intervenções que todos os países, independentemente do seu nível de renda, podem e devem usar e se beneficiar, salvando vidas e economizando dinheiro”, disse o diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus.
O balanço também mostra que uma quantidade mínima de financiamento local e internacional destina-se às DCNTs.
O documento ressalta que as doenças crônicas não são somente as maiores causas das mortes, mas também impactam como as pessoas reagem às infecciosas, como comprovado pela pandemia.
Em decorrência da infecção pelo vírus Sars-CoV-2, o grupo portador de obesidade ou diabetes enfrenta um risco maior de adoecer de forma mais grave ou morrer.