Nem precisa dizer que a criação do Instituto Hospital de Base do DF é uma forma de burlar a lei de responsabilidade fiscal e continuar comprando sem licitação, conforme afirmaram os réus confessos Rodrigo Rollemberg e o seu secretário de Saúde , Humberto Fonseca ao apresentarem a proposta do Executivo que se encontra na Câmara Legislativa para ser aprovada. No entanto, a pressão popular e os últimos fatos que envolve as organizações sociais no DF deixam os 24 deputados distritais de orelha em pé. Nenhum deles quer sofrer mais desgastes neste curto período que falta para as eleições de 2018
pressão popular surgida dos vários setores da sociedade civil tem sido o fator inibidor para que o PL Nº 1.486/2017, que institui o Instituto Hospital de Base do DF (IHBDF), seja aprovado na Câmara Legislativa a “toque de caixa” como exige o governador Rodrigo Rollemberg. Nem mesmo os deputados da base aliada concordam com a urgência da matéria, a exemplo da deputada Luzia de Paula (PSB), que defende o tempo que for necessário para ouvir a população.
A Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do DF (CLDF) barrou o projeto por causa das pressões dos segmentos ligados a saúde e pela notícia sobre o afastamento de Renilson Rehem, diretor do Hospital da Criança, ocorrida nesta quarta-feira (05) por determinação judicial.
O pedido da destituição do diretor feita pelo MP, é de que há indício de irregularidades na escolha das organizações Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe) e Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadora de Câncer e Hemopatias (Abrace), que são responsáveis pela gestão da unidade hospitalar.
Para contrapor a pressão do governador Rodrigo Rollemberg que quer ver o projeto aprovado o mais rápido possível, o Raimundo Ribeiro sugeriu a necessidade de realização de audiência pública para debater o Instituto, com a participação de todos os atores interessados. Ele disse ao Radar que o envolvimento da população no tema será o termômetro medido pelos 24 deputados da Casa para se posicionarem em relação à proposta.
“Eu sou contra transformar o Hospital de Base em Instituto pelo fato de o governador querer ter uma liberdade maior para poder continuar atuando na área da saúde de forma deletéria. Ele se tornou réu confesso antes mesmo da criação do instituto. Segundo ele, a criação do instituto vai lhe possibilitar burlar a lei de responsabilidade fiscal, o que é um equívoco. Não se pode criar um instituto público para burlar uma lei”, disse Ribeiro.
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