São mais de oitenta organizações criminosas operando no Brasil, com ramificações nos diversos setores das atividades públicas e privadas.
Morrem mais pessoas vítimas da violência urbana, no Brasil, do que nos países que vivem em guerra.
Essa realidade vivida, também, pela família brasileira, é do conhecimento das autoridades constituídas e que pouco fazem para minimizar essa grave situação.
Os governos federal, estadual e municipal, quando discutem esse assunto, gastam todo tempo culpando a polícia, a legislação vigente e a descobrir de quem é a competência para tomar providências, como se essa fosse a prioridade maior.
A violência, no estágio em que se encontra, não será contida com discursos políticos e muito menos pelas ideias mágicas de especialistas em segurança pública.
Esses se prestam a criticar as polícias, como se elas fossem as responsáveis pelas injustiças sociais, pelo falido sistema penitenciário, pela legislação penal desatualizada e pelo insuficiente sistema judiciário.
A verdade é que, enquanto as autoridades discutem o sexo dos anjos, os criminosos avançam e as famílias das vítimas formam grupos com faixas pedindo justiça, que nunca vem.
Entra governo, sai governo, e a situação, com raras exceções, continua a mesma.
O que tem a ver o rotariano com esse problema? Tem tudo a ver! É cidadão, é brasileiro, é pai de família e vive na mesma sociedade.
Excluindo o envolvimento da organização rotária, o rotariano tem o dever de promover a paz através do servir e jamais se esquivar de fazer a sua parte na defesa da vida e dos bens materiais.
Se o rotariano for para as ruas repudiar o avanço da criminalidade, com ênfase na violência contra a mulher, será que estará maculando o nome do Rotary? Acho que não.
A verdade é uma só, ou as forças legais assumem a segurança dos brasileiros, ou os criminosos tomam o poder, como já acontece em outros lugares.
*Gercy Joaquim Camelo é rotariano /Coronel da Reserva da Polícia Militar do Estado de Goiás/ Formação acadêmica em Direito