As agências públicas de notícias do governo federal e da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ambas bancadas com dinheiro público, vem sendo utilizadas para fins políticos e ideológicos, o que é proibido por serem órgãos de Estado.
No mês passado, a Agência Brasil, ligada à EBC, empresa de comunicação e porta-voz do Palácio do Planalto, estava sendo usada para atacar governadores de Estados não alinhados ao governo Lula.
O caso mais emblemático foram os sucessivos ataques contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
O braço de comunicação do Planalto tentava produzir uma pauta nacional sobre a situação crítica da saúde do DF diante do surto de dengue, como se o governo federal não tivesse nenhuma responsabilidade sobre o caos instalado na saúde pública do País.
No final da semana passada, o presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luís, teve que mandar retirar do ar (Veja AQUI) uma matéria de cunho político ideológico produzida pela Agência de Notícias da CLDF.
Claudinei Pirelli, chefe responsável pelo setor, autorizou a publicação de uma matéria tendenciosa e com viés partidário criticando o voto de 18 dos 24 parlamentares da Casa pela aprovação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, o PPCUB.
Segundo alguns funcionários da comunicação, Pirelli teria uma aproximação com o petista Geraldo Magela e com o distrital Gabriel Magno (PT), o que levantaria suspeitas sobre a contaminação política e ideológica que sofre a agência de notícias da CLDF.
Apesar dos esforços de Ricardo Vale (PT), vice-presidente da Câmara Legislativa e responsável pela comunicação da Casa, para manter uma comunicação equilibrada e imparcial, há uma clara intenção contrária de subalternos em relação aos objetivos que deveriam ser praticados pela agência.
Setores mais baixos da comunicação parecem estar inclinados a transformar a agência de notícias em um veículo de propaganda política, o que compromete a integridade e a neutralidade da comunicação da Casa.
Está na hora dos distritais reagirem para que a agência de notícias da CLDF não seja usada indevidamente ou transformada em um pasquim político financiado com dinheiro público.