Quando lançou a sua candidatura avulsa a senador, ainda na fase da pré-campanha eleitoral, o empresário Paulo Octávio, presidente do PSD, criticava abertamente a candidatura, também, avulsa, da ex-ministra Damares Alves (Republicanos) a qual chamava de “forasteira e oportunista”.
Mesmo nascido em Lavras, interior de Minas Gerais, Paulo Octávio, ao detonar o projeto político de Damares, se auto intitulava ser mais “filho de Brasília”, do que qualquer outro brasileiro que por aqui chega.
“Ela é uma forasteira”, dizia ele na época, em conversa sem pedido de off, a um grupo de jornalistas, entre os quais eu me incluía.
Para PO, a ex-ministra, que havia sido recusada pela classe política do Amapá e de São Paulo, descera de paraquedas em busca de um mandato pelo DF.
“Eu não conheço a Damares, eu não conheço o trabalho dela por Brasília. É forasteira“, repetia.
É publico que nos últimos dias, Paulo Octávio vem procurando a “forasteira” Damares Alves para apoio mútuo, mesmo o PSD tendo o desembargador aposentado Carlos Divino, como o seu candidato ao Senado.
Em uma rede social, Carlos Divino reagiu: “Estão tentando me derrubar”.
O desembargador aposentado diz, que foi “usado como escada para ascensão de políticos que não crescem nas pesquisas, sem utilizar de polêmicas”.
O candidato a senador, pelo PSD, avisa: “não irei me calar”.
A reação de Carlos Divino indica haver um lamaçal de traições, dentro do PSD, e aponta quem pode estar por trás.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios jornalísticos e políticos da capital federal. Siga o #RadarDF
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