Em decisão tomada nesta quarta-feira (28), o Supremo Tribunal Federal (STF) desferiu um duro golpe nas aspirações do ex-governador Rodrigo Rollemberg(PSB) de retornar à cena política brasiliense com um mandato de deputado federal.
A Suprema Corte declarou inconstitucional a norma que regula a distribuição das sobras eleitorais.
No entretanto, a determinação só terá efeito a partir das eleições municipais deste ano, mantendo inalterada a configuração atual da Câmara dos Deputados.
O político terá que se contentar com a disputa proporcional nas próximas eleições.
A queda desta quarta-feira, foi grande para Rodrigo Rollemberg que já comemorava antecipadamente, acreditando que o STF cassaria o mandato de sete deputados federais, entre eles o do deputado federal Gilvan Máximo (Republicanos), o que deixaria a cadeira disponível para o ex-governador.
Desde o final do ano passado, Rollemberg buscou apoio político e jurídico aliando-se ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do PSB, mesmo partido do ex-governador do DF.
Contava e já dava como certa que a decisão da maioria dos ministros validaria a regra a partir das eleições de 2022.
Nos bastidores, o movimento de RR ia além da simples ocupação da cadeira de Gilvan Máximo na Câmara Federal.
Nos bastidores, ele se articulava como um pretenso candidato ao Buriti e reivindicava junto à Executiva Nacional do PSB que influenciasse o presidente Lula a apoiar seu projeto ao Buriti pelos partidos de esquerda do DF, incluindo o PT.
Viria “com gosto de gás” contra a vice-governadora Celina Leão(PP), candidata natural ao Buriti. A “Leoa tem apoio de Ibaneis Rocha, algoz de Rollemberg em 2018. Ibaneis nem aí pra ele.
O movimento do ex-governador, de certa forma, preocupava mesmo era as correntes petistas que o rejeitam desde que se tornou governador do DF, período em que seu governo promoveu uma implacável “caça aos petistas” no escondidinho das entranhas do governo socialista. Cada descoberta era uma demissão festiva e constrangedora.
Hoje, os petistas comemoraram a decisão da Suprema Corte, visto que não correrão mais o perigo de tolerar Rollemberg, assim como foram obrigados a suportar o indigesto Leandro Grass (PV) nas eleições de 2022.