Mais de 500 servidores da União e do GDF podem aparecer envolvidos nos atentados ocorridos no último domingo(08), contra os Poderes da República.
O levantamento de possíveis participantes diretos nos ataques, está sendo feito pela Controladoria Geral da União -CGU, no caso dos servidores ligados aos órgãos federais, e por um Gabinete de Crise, criado pelo governo local, que investiga servidores do GDF que estariam envolvidos nos ataques.
Os servidores estão sendo identificados por fotografias, vídeos e por localização de celulares, no momento do quebra-quebra, registrados pelas operadoras de telefonia.
A CGU também recomendou aos outros ministérios para que eles abram suas próprias comissões de sindicância contra servidores que tenham participado do ato criminoso, além de auditorias para avaliar o dano patrimonial à União.
Já no âmbito do Governo do Distrito Federal, a governadora interina, Celina Leão, criou um “gabinete de crise” com o mesmo objetivo.
Até agora não se tem informação sobre as dinâmicas empregadas pelo GDF para identificar supostas participações de servidores nos atos selvagens do último domingo.
Paralelo as estas apuracões, também estão em curso levantamentos sobre a suposta participação de militares das Forcas Armadas, além de integrantes das forças auxiliares como Polícia Militar do Distrito Federal, Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil.
Os levantamentos estão a cargo do judiciário militar e dos seus respectivos ministérios públicos militares
Isso porque foi encontrado indício da participação de militares fardados e à paisana na barbárie contra as sedes dos Três Poderes.
Consultado pelo Radar DF, um advogado com expertise em direito penal, afirmou que o levantamento para reunir provas contra os servidores supostamente envolvidos nos atos criminosos, será um trabalho árduo e lento devido à responsabilização individual.
Ao final das comprovações, o servidor que tiver culpa no cartório pode sofrer demissão sumária, ser impedido de fazer concurso público, perder os direitos políticos, além de condenado a prisão.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF