O ex-senador Roberto Rocha levantou uma polêmica ao afirmar que o governo do Maranhão não realiza grandes obras de infraestrutura por falta de projetos adequados.
Ao RadarDF, o ex-senador desafiou os críticos a apontarem uma única grande obra de infraestrutura realizada na última década no estado.
Ele ironizou ao dizer que, para inaugurar restaurantes populares, praças e ruas, ou entregar capacetes para motociclistas depois de apreender suas motos, não é necessário projeto.
Rocha destacou a situação alarmante dos rios no Maranhão, que estão sofrendo com o assoreamento e perdendo a força de seu fluxo de água para o mar.
Apontou a Baixada Maranhense como a primeira vítima desse fenômeno, devido à sua localização ao nível do mar. “No Maranhão não há preocupação com obras de infraestrutura de grande porte”, enfatizou.
O ex-senador mencionou seu próprio esforço para a revitalização ambiental do Rio Itapecurú, o maior rio genuinamente maranhense, que nasce e deságua dentro do estado, abastecendo a ilha de São Luís.
Disse ter investido mais de R$10 milhões em emendas parlamentares para esse projeto, divididos entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
Rocha detalhou que destinou R$5 milhões para a Codevasf realizar um estudo das espécies de peixes da bacia hidrográfica, visando um programa de repovoamento.
“Outros R$5 milhões foram destinados à UEMA para a criação de um plano hídrico e uma estação de monitoramento das águas do Rio Itapecurú. No entanto, o meu adversário Flavio Dino, então governador do Maranhão, não inaugurou a estação de monitoramento”.
O ex-senador também abordou a situação da Baixada Maranhense, considerada a região mais pobre do Brasil e uma das mais pobres do mundo.
Ele ressaltou a falta de infraestrutura e a presença de água salobra, que impede a produção agrícola e a sobrevivência da população local.
Rocha defendeu a construção dos diques da Baixada como solução, uma obra que separaria a água salgada da água doce e transformaria a região em uma área produtiva. Veja como vai ficar a obra dos diques da baixada:
Como exemplo de sucesso. Rocha citou a cidade de Guayaquil, no Equador, que possui características semelhantes à Baixada Maranhense.
“Em Guayaquil, obras de infraestrutura foram realizadas há muitos anos, tornando a cidade o maior produtor de camarão marinho criado em cativeiro do mundo. Enquanto isso, no Maranhão, há apenas 40 hectares de lâmina d’água, um número insignificante em comparação”, comparou.
Roberto Rocha enfatizou a necessidade de estudos e projetos para viabilizar grandes obras de infraestrutura no Maranhão.
Ele destacou que o estudo ambiental do projeto dos diques custou mais de R$4 milhões e levou quatro anos para ser concluído, tudo financiado por suas emendas. “Nenhum outro político maranhense investe em estudos e projetos dessa magnitude, exceto eu”, pontuou.