Com apenas 9 meses no governo do PT, Flávio Dino consegue ocupar espaço na mídia, mesmo que o assunto não tenha qualquer relação à pasta de Justiça e Segurança Pública.
Ele foi o principal assunto da semana, provocado pela patrulha petista que tenta influenciar o presidente Lula, com a possibilidade de indicar Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF), para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber que se aposentará em outubro.
Enquanto Lula defende a indicação de uma mulher negra para suceder Rosa Weber, grande parte de lideranças petistas defende que a vaga seja de Dino, não por morrerem de amores por ele, mas para tirá-lo do caminho de uma eventual disputa pela presidência da República.
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Dino tem falado na roda pequena que não terá nenhuma dificuldade de ser nomeado ministro do STF, se esse for o caso.
Antes de entrar na política, Flávio Dino já trilhou pela magistratura como juiz federal por dez anos.
Foi secretário‐geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e assessor da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Os corredores do ambiente ele já conhece de cátedra.
Em 2006, ousou deixar o cargo vitalício de magistrado para ingressar no pantanoso terreno da política quando foi eleito pela primeira vez, a deputado federal pelo PCdoB.
De lá para cá, fez carreira. No governo Dilma (PT), foi presidente da Embratur. Em 2014, foi eleito governador do Maranhão e reeleito em 2018.
Chegou a anunciar pré-candidatura a presidência da República, caso Lula estivesse ainda impedido.
Deixou o cargo de governador para ser candidato ao Senado nas eleições de do ano passado.
Flávio Dino pode até ser nomeado ministro da STF, mas também não dará atestado de garantia que ficará ad aeternum na Suprema Corte, caso o cavalo selado passe a sua frente rumo ao Palácio do Planalto.
Seja em 2026, caso Lula desista de disputar a reeleição, seja na outra. A ousadia de Flávio Dino apavora os petistas.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o @RadarDF