Em conversas preliminares entre a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, e o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, em torno de uma provável federação entre os dois partidos, a senadora Leila do Vôlei (Cidadania-DF), sairia candidata ao Buriti, enquanto o senador Reguffe (Podemos DF), tentaria a reeleição.
O assunto não está fechado, mas será debatido pelos dois dirigentes partidários ainda este mês de janeiro ou, no mais tardar, em fevereiro.
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A proposta de federação entre legendas, é uma questão de sobrevivência política para os partidos nanicos e de médio porte como Podemos e o Cidadania.
A união tem o objetivo de as legendas terem mais acesso a um naco maior de recursos públicos para as campanhas desse ano e conseguir superar o patamar mínimo de votos exigido pela chamada cláusula de barreira.
No caso da união dos dois partidos, no Distrito Federal, o eixo das negociações entre Renata Abreu e Roberto Freire gira em torno de quem irá liderar a chapa.
O Podemos quer Reguffe disputando a reeleição se a federação for consolidada.
Neste caso, a senadora Leila do Vôlei, que está no meio do mandato, seria a candidata a governadora.
A situação do senador Reguffe fica complicada, caso tenha que ser obrigado pelo Podemos a disputar o Senado.
Em 2014, Reguffe assumiu um compromisso público, com o seu eleitorado, de que não renovaria o mandato de senador, que finda em janeiro de 2023.
Da mesma forma como não disputou o seu primeiro mandato de deputado distrital em 2006 e continuou com a mesma posição como deputado federal, eleito em 2010.
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Mas não é só isso. Reguffe carrega com ele uma imagem desgastada do Congresso perante a sociedade, mesmo que se julgue “diferente, mais puro e mais santo” entre todos os deputados e todos os senadores.
No entanto, como o cenário político muda como nuvens, o senador já não sabe ao certo sobre o seu próprio rumo para este ano de 2022: não sabe se entra na briga para disputar o Buriti ou se abandona a vida pública. Permanece em silêncio sepulcral.
Essa última hipótese, seria uma decisão pouco provável para quem se acostumou às benesses do poder neste quase 20 anos de atuação no legislativo.
*Toni Duarte é jornalista e editor-chefe do RadarDF. Quer saber mais? Clique aqui