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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Pode dar casamento: PP e Republicanos ensaiam federação para 2026

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O Partido Progressista e o Republicanos ensaiam fechar um acordo para uma federação partidária para começar a valer a partir de 2026.

Se ocorrer o enlace político entre as duas legendas, o Republicanos pode se dar bem no Distrito Federal, onde o Partido Progressista tem a vice-governadora Celina Leão, candidata favorita à reeleição.

Em um casamento como esse, o questionamento que logo vem a seguir é: como ficaria a chapa liderada pela Leão em 2026?

Sairia do Republicanos o candidato a vice?

De onde sairiam os candidatos ao Senado e seus suplentes?

Em 2022, o Republicanos foi o partido que mais elegeu deputados federais no DF, com Fred Linhares, Julio Cesar e Gilvan Máximo.

O partido da Igreja Universal também elegeu Damares Alves para a única vaga do Senado na eleição passada.

Uma das duas vagas ao Senado é quase certo que seja do governador Ibaneis Rocha (MDB).

Já para a segunda vaga, pode ficar para o Partido Liberal. A pergunta é: quem? Bia Kicis? Michelle Bolsonaro?

O primeiro nome, Valdemar da Costa Neto, não deixa. Já a ex-primeira-dama, que já declarou apoio à reeleição de Celina, ainda é uma incógnita.

O que importa ao partido é eleger e reeleger deputados para manter o seu milionário fundo partidário. É como o cacique do Partido Liberal costuma dizer: “Eleger senadores é bom, mas é bem melhor eleger deputados federais.”

No caso de Bia, a bolsonarista boa de voto, eleita em 2022 com 214.733 votos, é o único trunfo do PL com musculatura política para manter ela própria como deputada federal e mais outro, caso o fenômeno se repita em 2026.

Vozes correntes de bastidores dizem que o deputado Alberto Fraga, coronel integrante da bancada da bala, eleito em 2022 pelas sobras de Bia, pode aposentar a cartucheira política e ficar longe da disputa de 2026.

Valdemar da Costa Neto tem conversado muito com o distrital Roosevelt Vilela para que encare a disputa proporcional para a Câmara Federal.

Ele já está no segundo mandato de deputado distrital.

Roosevelt confessa que é preciso dar um voo mais alto, já que a área militar, um dos segmentos que ele representa, depende mais do governo federal do que do governo local.

O motivo é que as forças de segurança do DF são mantidas pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal, constantemente ameaçado por deputados de outros estados da federação.

No PP de Celina, a legenda vai tentar eleger na próxima o presidente do IBRAM, Roney Nemer, que já foi deputado distrital e federal.

Em 2022, o Partido Progressista perdeu Celina, que era federal, para se tornar vice de Ibaneis.

Na última eleição, o PP não conseguiu eleger ninguém no DF para a Câmara.

Se a ideia da federação partidária entre PP e Republicanos pegar no campo nacional, no campo local terá que haver uma grande engenharia para acomodar os interesses do casamento sem se esquecer dos partidos aliados.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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