Petistas considerados “raízes”, com militância no Distrito Federal, começam a perder as esperanças de conseguir um lugar ao sol, na estrutura do governo Lula, instalado há exatos 34 dias, após quatro anos fora do poder.
“Caciques” petistas brasilienses, como o ex-deputado federal Geraldo Magela, até chegou a comemorar uma oferta feita pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), para ocupar o cargo de vice-presidente da Caixa. Queimou na partida.
Magela saiu por aí, cantando vitória, antes da hora, e terminou sendo “fritado” por outras correntes petistas que queriam o mesmo cargo.
O ex-governador do DF, Agnelo Queiroz, que na eleição passada teve a sua candidatura vetada pela Corte Eleitoral, também não tem nenhuma esperança de voltar a ocupar um cargo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estava focado desde a transição.
O político médico já foi um de seus diretores no segundo governo Lula.
O antes prestigiado Agnelo, também foi ministro dos Esportes no primeiro governo de Luis Inácio Lula da Silva.
Rosilene Corrêa, “vice-presidenta” do PT-DF, e ex-candidata ao Senado, também segue em compasso de espera por um lugar ao sol, que lhe dê alguma visibilidade política futura.
“Tá osso conseguiu um cargo no governo Lula”, confidenciou ao RadarDF, um petista veterano ao reclamar a falta de consideração com a “companheirada” militante do Distrito Federal, que deu o sangue pela vitória de Lula.
A sensação de completo abandono, misturado com um sentimento de desprestígio, aumenta a cada anúncios de indicações de figuras fora do petismo, a ocupar postos no governo Lula.
É o caso do ex-distrital Leandro Grass(PV), que disputou o Buriti pela federação (PT/PV/PCdoB), sendo presenteado com um cargo.
Grass assumiu oficialmente, na última terça (31), o cargo de presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o órgão responsável pela preservação do patrimônio material e imaterial do país.
Para enterrar a falta de sorte dos petistas, do DF, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, anunciou na semana passada o jornalista Hélio Doyle, ex- assessor de Leandro Grass, como o novo presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF