Um grande profissional: era assim que o jornalista Paulo Pestana era reconhecido no meio da imprensa brasileira.
Escreveu para muitas redações, como do Estadão de São Paulo, Rede Globo, Rádio Nacional e Correio Braziliense.
Um jornalista completo, Pestana também foi mentor da campanha de Ibaneis Rocha (MDB). Ele faleceu nesta segunda-feira (11), ao dar entrada em um hospital de Brasília com dores súbitas nas pernas.
Ainda não há uma divulgação oficial sobre o que causou a sua morte.
Nas primeiras notas de pesar, divulgadas por grandes expressões da política brasiliense, como o lamento do governador Ibaneis Rocha na manhã desta segunda, a capacidade de Paulo Pestana foi relembrada.
Isso inclui as diversas campanhas políticas que ele ajudou a impulsionar, nas quais foi vitorioso ao lado do seu quase irmão siamês, Wellington Moraes, secretário de comunicação do governo do Distrito Federal.
Era impossível ver o jornalista Wellington e não pensar em Pestana, ou vice-versa.
Para o mundo político local, Pestana era mais que um jornalista: foi um dos mais importantes publicitários brasilienses de todos os tempos, com ativa participação em todas as vitórias de Ibaneis Rocha desde sua primeira eleição para a presidência da Seccional da OAB do Distrito Federal em 2011, com o majestoso marketing “Eu quero mais Ordem”.
Nunca, na história política do DF, o eleitorado elegeu alguém que não era do mundo político. Pestana ajudou a quebrar vários tabus.
O primeiro, em 2018, com a eleição do então desconhecido candidato emedebista que surgiu no cenário político, deixando para trás velhas raposas e, em seguida, derrotando nas urnas o candidato aboletado na máquina pública, o então governador Rodrigo Rollemberg.
Ninguém imaginava esse feito, assim como era inimaginável admitir que um governador do DF fosse reeleito em 1º turno em 2022.
Ibaneis conseguiu essa proeza. Sozinho? Não.
No núcleo duro da comunicação da campanha, lá estava o jornalista e articulador Paulo Pestana, tão discreto quanto uma sombra, agindo nos bastidores.
Ele ajudou Ibaneis a atravessar os momentos mais difíceis do governo, como a pandemia devastadora que consumiu vidas e a economia do mundo em 2021 e 2022.
Enfrentou o oito de janeiro, que deixou à deriva o governo do DF por longos 60 dias com o afastamento judicial de Ibaneis Rocha.
As investigações, posteriormente, concluíram sua inocência.
Nesta manhã de segunda-feira, o mundo político e jornalístico do DF amanheceu surpreendido com a triste notícia: PP se foi.
Estamos órfãos de um grande arquiteto político que sabia fazer da comunicação uma arma poderosa para gerenciar crises e contrapor ataques de oponentes. Que Deus o conforte.