Desde 2010, o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, se vê afastado do cenário político por conta de sua inelegibilidade, consequência de decisões judiciais que se iniciaram com a cassação de seu mandato naquele ano.
Apesar desse afastamento prolongado de 14 anos sem disputar uma eleição, Arruda ainda mantém uma base de apoio robusta, com um eleitorado que nutre esperanças de sua volta ao poder.
Tanto é que qualquer pesquisa sobre eleição no DF o nome dele aparece bem posicionado.
No último dia 5 de setembro, o juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni da 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal condenou o ex-governador a suspensão de direitos políticos por 12 anos.
Com mais esse revés, Arruda parece ter desistido da possibilidade de reverter sua situação jurídica, que o impede de se candidatar, embora ainda acredite na existência de recursos.
A decisão judicial que o atingiu foi considerada um golpe final nas suas esperanças de retornar à cena política.
Contudo, mesmo diante dos obstáculos, ele continua a exercer forte influência nas disputas pelo Palácio do Buriti e que ninguém duvide disso.
Em 2022, seu apoio foi notável na reeleição de Ibaneis Rocha (MDB), cuja chapa majoritária vencedora contava com a ex-ministra bolsonarista Flávia Arruda, então mulher do ex-governador, como candidata ao Senado.
Flávia perdeu para a outra ex-ministra bolsonarista Damares Alves, que dividiu os votos da direita e levou a maior fatia.
Deixando esse detalhe de lado, o fato é que a Arruda chegará a 2026 como sempre chegou nos últimos quatro pleitos eleitorais: um nome disputado por todos em busca do seu apoio.
No entanto, o ex-governador terá que escolher o lado certo, sob pena de ver murchar ainda mais a sua influência política no DF.
Quem ainda o segue, espera receber algo em troca, por meio dele, proporcionado por quem manda na caneta do Poder.
A escolha do lado certo será fundamental para continuar vivo nas cenas políticas brasiliense, mesmo sem mandato.