A delegada e deputada Jane Klébia, atual Procuradora Especial da Mulher da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deve receber oficialmente nas próximas horas, todas as informações do inquérito policial onde o deputado distrital Daniel Donizet e o assessor dele, Marco Aurélio Oliveira Barbosa, estariam envolvidos em um suposto caso de agressão física a uma mulher.
Tudo teria acontecido durante uma noitada de orgia em um motel da região do Núcleo Bandeirante.
Segundo a denúncia feita pela garota de programa, Marco Aurélio a agrediu por não querer fazer sexo com ele sem o uso da camisinha.
As agressões teriam ocorrido na presença do parlamentar no quarto do motel.
O caso veio a tona por meio da imprensa há duas semanas, embora o suposto crime tenha ocorrido em março desse ano.
Autorizada pela presidência da Câmara Legislativa, a deputada Jane Klebia enviou oficio à Secretaria de Segurança Pública, no início da semana, solicitando informações em torno do caso.
A iniciativa visa apurar, com mais profundidade, se o distrital participou ou não da sessão de orgia que reuniu um grupo de seis pessoas, fazendo sexo ao mesmo tempo, momento em que teria ocorrido as agressões contra uma das participantes.
Em nota, Donizete nega que tenha participado da orgia. Marco Aurélio, também negou na polícia.
O assessor pediu demissão do gabinete do deputado logo que o caso chegou ao conhecimento público.
Hoje (02), uma funcionária do gabinete do deputado Donizet afirmou ao RadarDF, que o parlamentar não é citado no âmbito do inquérito instaurado pela 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante). Disse ainda que Donizet e Marco são inocentes.
O RadarDF também procurou o gabinete do deputado Joaquim Roriz Neto, a qual é o corredor da CLDF.
Assessores informaram que o parlamentar-corregedor só irá se pronunciar após conhecer o teor do inquérito policial, caso o nome do deputado figure como acusado.
No mesmo compasso de espera segue a Comissão dos Direitos Humanos que aguarda as informações solicitadas pela Procuradoria Especial da Mulher da CLDF.
Vários depoimentos foram tomados pela 11ª DP. Imagens de câmeras de segurança do motel também estariam sendo analisadas.
Se for confirmada a suposta participação omissiva do parlamentar no suposto crime que envolve o ex-assessor, o caso será levado à Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar (CDDHCEDP).
Tem gente torcendo pela expulsão de Donizet como tem muitas “sardinhas” fora d’água querendo ver o mar pegar fogo.
O deputado se diz inocente e garante que vai defender o seu mandato.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF