Desde o último evento de quebra-quebra, ocorrido na segunda-feira(12), em Brasília, contra o prédio da Polícia Federal e da delegacia do 5º DP, da Asa Norte, além de queima de veículos e depredação do patrimônio público, que o Comando da Polícia Militar do Distrito Federal, colocou em prontidão todo o seu efetivo, até o dia da posse do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva(PT).
As cerimônias de posse de Lula e do governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB), acontecem no próximo dia 1º de janeiro.
De acordo com informações, obtidas pela Coluna Radar Político, cerca de 11 mil militares estão mobilizados para entrar em ação contra eventos que possam desencadear em atos violentos na capital federal.
Entre o aparato a ser empregado, em caso de emergência, estão a Polícia de Choque, o Bope, Patamo, Cavalaria e o BPCães.
Veículos blindados, equipado com jato d’água, para conter manifestações violentas, ficarão prontos para entrar em ação, neste caso.
Os “Centurions”, como são chamados, esses veículos, são equipados com dispositivos não letais, além de possuírem câmeras de alta capacidade que conseguem identificar rostos e placas de carros num raio de mais de 300 metros.
Nos últimos dias, a Secretaria de Segurança Pública vem se reunindo com os comandos das forças de segurança do DF, para definir o seu plano de ação a ser deflagrado, caso seja necessário, antes, durante e após a posse do presidente da República.
Lula e o governador reeleito Ibaneis Rocha, do DF, tomarão posses dos seus respectivos cargos, na mesma data, mas em lugares diferentes. Lula no Congresso, e Ibaneis na Câmara Legislativa.
Apesar dos dois importantes eventos, mas os olhos das forças de segurança estarão bem mais focados para a posse do presidente eleito.
A cerimônia de Lula, por exemplo, deve seguir o mesmo rito protocolar de sempre, com o desfile presidencial no Rolls-Royce Silver Wraith de 1952, usado somente em ocasiões específicas e especiais, como a posse do presidente e as comemorações da Independência do Brasil.
O cortejo parte, às 14:30hs, da Catedral Metropolitana, percorrendo dois quilômetros até o Congresso Nacional, onde o presidente tomará posse.
Em seguida, Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, subirão a rampa do Palácio do Planalto.
O ritual mais esperado da posse, a tradicional transmissão da faixa do antigo presidente para o recém-empossado, ocorre no parlatório.
No entanto, ainda é incerto se o presidente Jair Bolsonaro vai passar ou não a faixa.
O mesmo já aconteceu, em 1985, na posse de José Sarney, quando o general João Batista Figueiredo se recusou a participar da cerimônia.
Na ocasião, Sarney teve a faixa entregue por um funcionário do Palácio do Planalto.
Voltando ao esquema de segurança, para garantir a normalidade das cerimónias de posses em Brasília, estimada na participação de mais de 30 mil pessoas, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil estãrão em estado de alerta.
O serviço de inteligências das forças de segurança do DF, estão operando 24 horas para detectar qualquer anormalidade nesse sentido.
Monitoramentos nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp e telegram, que anunciam convocações contrárias à posse de Lula, estão sendo feitos.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF