Após ser derrotado na semana passada, com a proposta do novo Marco Regulatório do Saneamento Básico, na Câmara dos Deputados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta nova dificuldade.
Lula não consegue fazer valer o seu desejo de indicar, com tranquilidade, o advogado criminalista Cristiano Zanin, que o defendeu na Lava Jato.
As pressões são muitas na disputa pela cadeira do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou no STF, a começar pelo próprio.
O ministro aposentado tem como candidato o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, que trabalhou na Corte e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Na corrida ainda tem outros nomes como o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, além dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luiz Felipe Salomão e Benedito Gonçalves.
Até o nome do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, entrou na roda para ocupar a vaga de Rosa Weber, atual presidente da Corte, que se aposenta em outubro.
É bem aí que colocaram uma pedra no meio do caminho de Zanin, candidato de Lula.
A estratégia de um grupo de senadores, liderado pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil- AP), é deixar o nome do indicado de Lula na geladeira por mais quatro meses.
Um enorme desgaste para o próprio Zanin, que fica obrigado a ficar na fila à espera da boa vontade de Alcolumbre.
A estratégia do Senado, Casa responsável pelas sabatinas de ministros do STF, não deixa de ser uma imposição recheada de constrangimentos ao presidente da República.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF