O presidente Lula decidiu demitir o blogueiro e presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Hélio Doyle, devido a uma publicação polêmica nas redes sociais em que Doyle chama de “idiota” quem apoia Israel.
Essa atitude gerou desconforto no governo, uma vez que o PT vem sendo criticado por alguns setores de apoiar o Hamas, grupo terrorista causador da guerra sangrenta entre Israel e Palestina.
O presidente Lula determinou ao ministro da Comunicação, Paulo Pimenta, que demitisse, de imediato, Hélio Doyle do cargo de presidente da EBC.
A Fenaj, Federação Nacional de Jornalistas e sindicato dos jornalistas do DF, Rio de Janeiro e de São Paulo tiveram que reagir duro contra Doyle em defesa dos jornalistas, funcionários da EBC, por sofrerem perseguições políticas, impostas pelo blogueiro.
Em 2022, durante o período eleitoral, Doyle tentou apequenar e subestimar a ABBP– Associação Brasileira de Portais de Notícias- ABBP: se deu mal.
É importante observar que Hélio Doyle sempre teve uma trajetória marcada por curtas passagens em cargos públicos que ocupa, por posições conflituosas como as que motivaram a sua demissão do governo Lula.
No governo Rollemberg esquentou a cadeira de secretário de Comunicação por apenas seis meses.
Foi demitido por alimentar uma crise institucional com a Câmara Legislativa, comandada a época pela atual vice-governadora do DF, Celina Leão (PP).
Implantou a política de caça as bruxas contra as sobras de petistas do governo Agnelo, que continuavam ocupando cargos no governo socialista, além de esculhambar o ex-governador do DF e então senador Cristovam Buarque, de “imaturo”.
Os arroubos de Doyle contra Cristovam foi para se vigar do ex-governador que havia o demitido do cargo por ter metido os pés pelas mãos em assuntos que não era de sua alçada.
Doyle se vangloriava de ter elegido Cristovam, mas caiu por tentar ser maior do que o chefe. Ficou apenas por quatro meses no governo do ex-petista.
Se observar um pouco mais atrás da tortuosa linha do tempo, no governo de Joaquim Roriz, Hélio Doyle também foi demitido do cargo de secretário de Articulação Institucional, onde ficou em menos de 90 dias.
Voltando para a atualidade, o rumoroso e delicado caso de chamar os que apoiam a causa de Israel como “idiota” foi o fim da picada de Doyle que achava que podia tudo. Se lascou!
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF