Mais uma tentativa frustrada do governo Lula de aumentar a carga tributária dos brasileiros foi barrada pela Câmara dos Deputados, que aprovou, na noite de quarta-feira (8), por 251 votos a 193, a retirada de pauta da Medida Provisória do IOF.
A MP, editada como “alternativa” ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), caducou sem ser votada, evitando o que seria mais um golpe nos bolsos da população.
No entanto, dos oito deputados federais do Distrito Federal, três se posicionaram contra a retirada: Erika Kokay (PT), Reginaldo Veras (PV) e Rodrigo Rollemberg (PSB).
Esses parlamentares, ao votarem pela manutenção da pauta, na prática, defenderam a aprovação de uma proposta que, indiretamente, pavimentaria o caminho para o IOF elevado, um imposto que sufocaria centenas de micro e pequenas empresas (MPEs) locais, responsáveis por gerar empregos e sustentar famílias no DF.
Dados do Sebrae-DF, atualizados para o primeiro semestre de 2025, revelam que o DF abriga cerca de 250 mil micro, pequenas e médias empresas ativas, incluindo mais de 200 mil microempreendedores individuais (MEIs).
Dessas, aproximadamente de 50 a 70 mil dependem diretamente de linhas de crédito para sobreviver, como o Pronampe ou financiamentos para capital de giro, oferecidos pelo Banco BRB.
É inadmissível que representantes eleitos pelo DF, uma unidade da federação com alta concentração de serviços e comércio familiar, priorizem a agenda arrecadatória do Planalto em detrimento dos empreendedores que batalham diariamente.
Esses deputados ignoram que, no DF, uma MEI de delivery ou uma pequena loja de bairro pode ver sua margem de lucro evaporar com mais um imposto.
Quem paga a conta são os trabalhadores e as famílias, não os “bilionários” que o governo diz mirar.
Erika Kokay (PT), conhecida por sua defesa ferrenha de pautas governistas, foi uma das vozes mais enfáticas pela manutenção da MP, para ferrar quem trabalha e gera emprego à população.
Reginaldo Veras (PV), que em junho já havia votado contra a derrubada inicial do IOF, repetiu o gesto, que tem o propósito de suavizar o rombo nas contas públicas do governo Lula.
Já Rodrigo Rollemberg (PSB), recém-empossado como deputado federal após decisão do STF sobre sobras eleitorais, estreia no cargo com uma escolha que decepciona até seus eleitores.
Rollemberg, tido como o pior governador da história do DF, escolheu trair os pequenos negócios que ele mesmo diz incentivar quando sai para pedir votos.
Esses três deputados optaram pela Brasília de terno e gravata, não pela Brasília que acorda cedo para abrir as portas de um comércio familiar.
É hora de cobrar desses parlamentares, especialmente Kokay, Veras e Rollemberg, que o mandato é para servir ao povo, não para apertar o cinto alheio em nome de um ajuste fiscal para engordar as burras do governo.
Os empreendedores do Distrito Federal merecem representantes que lutem por menos impostos e mais oportunidades, não o contrário.