O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, defendeu nesta quinta-feira (19) a urgência de uma reforma administrativa no Brasil.
Para ele, essa reforma é necessária não somente para modernizar o Estado, mas também para prevenir crises mais graves, como o colapso do sistema previdenciário.
Em conversa com o RadarDF, José Aparecido lembrou que o Brasil já passou por reformas estruturais, como a reforma trabalhista e a tributária, cada uma com seu grau de polêmica.
No entanto, o presidente da Fecomércio-DF sustentou que, apesar das falhas, essas reformas estão assegurando o funcionamento do país.
“Podemos até não concordar com algumas coisas, mas entendemos que elas são essenciais”, disse.
O raciocínio de Aparecido aplica-se à reforma administrativa, que considera prioritária.
Segundo ele, o atual sistema previdenciário é insustentável e sobrecarregado devido a uma combinação de fatores, tais como:
“Alta demanda por benefícios previdenciários; redução no número de trabalhadores registrados, resultando em menos contribuições para o INSS; programas sociais, sem uma data de término definida, que desencorajam a formalização do trabalho”.
De acordo com ele, a falta de formalização do trabalho, estimulada por esses programas, reduz as receitas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do INSS, prejudicando ainda mais o equilíbrio financeiro da Previdência.
Ele disse que esses programas devem ser usados como um trampolim, não como uma solução permanente.
Se nada for feito, o presidente da Fecomércio-DF alerta para riscos como o colapso da Previdência, o aumento da informalidade e a sobrecarga nos cofres públicos, o que pode levar o país à insolvência.
Para José Aparecido, uma reforma administrativa é uma chance de compensar uma estrutura estatal, tornando-a mais eficiente e sustentável.
Por fim, ele destacou a relevância de adotar medidas que diminuam privilégios e despesas excessivas no setor público.