A presidente da Comissão de Segurança da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputada Jane Klebia, sua indignação diante de mais um caso de racismo ocorrido no Distrito Federal.
O incidente, que envolveu um jovem jogador do Paranoá Esporte Clube, de apenas 15 anos, ocorreu durante as quartas de final do Campeonato Candango Sub-15, realizado no Gama.
Segundo relatos, o jovem foi alvo de injúrias raciais, sendo chamado de “macaco”, “preto”, “macaco noiado” e outras expressões racistas, além de ter sido sugerido que ele estava no lugar errado e que deveria “comer bananas”.
Tais ofensas, carregadas do veneno do racismo, são vistas como inaceitáveis e chocantes pela deputada, especialmente em um ambiente que deveria ser de celebração e competição saudável.
Jane Klebia, que além de presidir a Comissão de Segurança da CLDF é também uma mulher negra, ressaltou que o esporte não pode, em hipótese alguma, ser palco para crimes de ódio como esse.
“A impunidade não pode prevalecer”, afirmou, comprometendo-se a não descansar até que todos os fatos sejam rigorosamente apurados e os responsáveis devidamente punidos.
A deputada também expressou sua solidariedade ao jovem, à sua família e à diretoria técnica do Paranoá Esporte Clube, reforçando que essa é uma luta de toda a sociedade e que o racismo não pode passar impune no Distrito Federal.
Análise dos fatos:
A pronta reação da deputada Jane Klebia é essencial em um momento em que a sociedade brasileira, em especial a de Brasília, precisa tomar uma posição firme contra o racismo. Não podemos mais aceitar que os criminosos racistas tentem minimizar seus atos com pedidos de desculpas superficiais, uma prática recorrente e desgastada que já não engana ninguém ou que pague umas cestas básicas e fica tudo certo. Não, não pode ser mais assim. O caso abordado por Jane Klebia, envolvendo um dirigente do time do Gama, que foi identificado como o autor das injúrias raciais, é emblemático. Não é mais aceitável esse tipo de comportamentos tão abomináveis. Pedidos de desculpas, nessas circunstâncias, são insuficientes. O racismo precisa ser extirpado da nossa sociedade, e isso só será possível com a aplicação de punições mais duras e efetivas para quem comete tais crimes. O racismo não pode ter espaço, nem no esporte, nem em qualquer outra esfera da vida social, e a reação de Jane Klebia nos lembra que essa é uma luta que deve ser travada por todos nós.