O deputado distrital Iolando(MDB), segue candidato de si mesmo, à presidência da Câmara Legislativa, contra o favoritismo do seu colega de partido, Wellington Luiz, que já tem uma chapa consolidada e conta com o apoio da maioria dos 24 distritais.
Apesar de não haver no Regimento Interno da Casa, algum parágrafo no Artigo 9, (que trata da eleição da Mesa Diretora), sobre o princípio da candidatura avulsa, mas é como avulso que Iolando vai para a disputa.
Ele copia o mesmo modus operandi experimentado pelo distrital Reginaldo Veras(PV), na eleição passada, na disputa do segundo biênio da presidência da CLDF.
Além do seu próprio voto, Veras só teve o de Leandro Grass. Venceu Prudente com a ampla maioria.
Mesmo assim, Iolando se anuncia como tal e vai brigar pelo registro.
Já o ex-presidente da Codhab, do governo Ibaneis, que retornou a CLDF nas eleições desse ano, ganhou musculatura na corrida.
Tem como vice-presidente da sua chapa, o deputado Ricardo Valle(PT) e o apoio fechado de toda a bancada oposicionista.
Até o rachado PL, que conta com quatro deputados eleitos, três deles já estão com Wellington e o faltante estar em vias de seguir pelo mesmo caminho.
Na contabilidade de Wellington, a sua candidatura tem, até agora, a sustentação de 16 dos 24 votos dos deputados distritais que comporão a próxima legislatura.
A Coluna Radar Politico, captou nos bastidores, a notícia que os partidos, por meio do colégio de líderes, deverão fechar um acordo nos próximos dias para que os deputados votem apenas nos candidatos oficiais das legendas.
A Mesa Diretora, é composta do Presidente, Vice-Presidente, Primeiro-Secretário, Segundo-Secretário e Terceiro-Secretário, bem como de três Suplentes de Secretário.
Além disso, os partidos também indicarão nomes para os comandos das Comissões Temáticas da Casa.
Sendo assim, dificilmente a candidatura de Iolando prosperará.
Voltando a treta interna do MDB, que tem três deputados eleitos, o distrital João Hermeto já anunciou total apoio à candidatura de Wellington Luiz.
Como se observa, mesmo que Iolando diga por aí que conta com o apoio do presidente do MDB, Rafael Prudente, ele será o Veras da vez.
É certo que Rafael, deputado federal eleito, ainda é o presidente da CLDF, até a diplomação dos distritais, que ocorre na manhã do dia 1º de janeiro do próximo ano.
Mais é certo, também, que ele jamais cometeria tal erro ao entrar em uma bola dividida dentro do seu partido. Ou seja: não seria prudente.
Na eleição da Mesa diretora da Casa, que se dará na tarde do mesmo dia, Prudente, embora dirigindo o MDB, não será mais deputado distrital, simples assim.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF