A deputada estadual de Goiás, Dra. Zeli pode perder o mandato, conquistado em 2022, caso o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás entenda que ela infringiu a lei ao deixar o Solidariedade para se abrigar no União Brasil, em abril desse ano.
A primeira pulada de cerca, permitida pela lei eleitoral, ocorreu logo após a eleição de Zeli Fritsche pelo PRTB, partido que não conseguiu passar pela cláusula de barreiras.
A regra determina que só podem concorrer à distribuição dos lugares os partidos que tenham obtido pelo menos 80% do quociente eleitoral e os candidatos que tenham obtido votos em número igual ou superior a 20%. O PRTB não conseguiu.
Garantida pela lei, Zeli pulou para o Solidariedade assinando ficha de filiação um mês após a sua posse como deputada eleita.
Além de Dra. Zeli, chegam ao Solidariedade os deputados Coronel Adailton, Cristiano Galindo, Júlio Pina, Wagner Neto, anteriormente filiados PRTB. Até aí tudo bem.
No entanto, Zeli deu a segunda pulada sobre a lei eleitoral ao ingressar em abril desse ano no União Brasil.
A orientação foi do prefeito Pábio Mossoró de Valparaíso de Goiás e do chefe de gabinete dela, o advogado Danúbio Cardoso Remy Romano Frauzino.
O intuito serviu para terem absoluto controle do Diretório Municipal do União Brasil no município.
O União Brasil é o partido do governador Ronaldo Caiado, com quem o prefeito Mossoró trava um embate político contra o governo estadual, em Valparaíso de Goiás.
A manobra deu errado e acabou gerando o processo 0600220-85.2023.6.09.000 demandado pelo Solidariedade junto a Corte Eleitoral de Goiás que pede a cassação do mandato de Zeli Fritsche por infidelidade partidária.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF
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