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Radar Político/Opinião Por Toni Duarte Por dentro dos bastidores da política brasiliense.

O ASSUNTO É

Inação de Lula deixa segurança pública à mercê do crime no país

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A segurança pública no Brasil enfrenta uma crise sem precedentes, onde o Estado Criminoso dita as regras e o Estado Oficial as obedecem.

Diariamente, policiais militares são lançados em uma guerra onde sabem que estão sozinhos, sem o suporte necessário de uma política governamental efetiva para oferecer à sociedade a proteção que ela necessita.

Atualmente, não existe no Brasil um Sistema Único de Segurança Pública capaz de combater as facções criminosas que operam um verdadeiro Estado Paralelo.

O governo do presidente Lula, assim como os anteriores, tem negligenciado a segurança pública, tratando-a como algo insignificante.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, permanece em silêncio, sem apresentar soluções concretas.

A ineficiência do sistema é evidente: O fato mais emblemático ocorrido na gestão de  Lewandowski foi a fuga de dois criminosos do Comando Vermelho (CV) que escaparam de da penitenciária de segurança máxima de Mossoró e levaram mais de 50 dias para serem recapturados, a um custo de milhões de reais e o esforço de mais de 500 policiais.

No governo Lula, nem o ex-ministro Flávio Dino (hoje no STF), e nem o atual Ricardo Lewandowski, apresentaram algum projeto ao Congresso criando um sistema único, capaz de construir uma política de Estado de segurança pública eficaz.

O resultado dessa inação do governo Lula é visível nos altos índices de criminalidade.

Nos últimos cinco meses, estados do Nordeste como Bahia, Ceará e Pernambuco lideraram o ranking de homicídios, com mais de 5 mil assassinatos registrados.

Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Veja Aqui.

Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, poderia muito bem ser considerado o CEO mais eficiente do Brasil.

Afinal, o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC) nem precisa sair do presídio de segurança máxima para estender seus tentáculos criminosos de Norte a Sul do país.

As máfias locais, que se multiplicam como startups promissoras, contam com uma vantagem competitiva invejável: mão de obra gratuita, disponível tanto dentro quanto fora das prisões.

Os criminosos preenchem o vácuo deixado pelo Estado em setores estratégicos como portos e aeroportos e fronteiras por onde armas e drogas circulam facilmente sobre os olhos fechados do Estado.

Na última década, nenhum segmento da economia nacional foi mais dinâmico do que o crime organizado.

Enquanto setores tradicionais lutam para se manter relevantes em tempos de crise, o mercado do crime se mantém em crescimento exponencialmente.

Enquanto o Estado Desorganizado continua a colecionar fracassos, Marcola e outros chefões do Estado Criminoso Organizado seguem faturando alto e intocáveis, mesmo alguns nas cadeias.

Nesta guerra sem comando do Estado oficial, onde há mais chefes do que combatentes, os policiais seguem morrendo.

Morrem no cumprimento do dever, morrem de folga nas portas de suas próprias casas ou devido ao adoecimento que se alastra como uma epidemia entre as tropas.

A alta taxa de suicídios de policiais militares em todo o país é uma prova de que o crime organizado mata de qualquer jeito.

*Toni Duarte é jornalista e editor/chefe o Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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