Nos últimos anos, o debate sobre a preservação ambiental no Brasil se intensificou, especialmente em relação à Amazônia e aos biomas que compõem o vasto território nacional.
Antes, a narrativa dominante apontava para a negligência do governo Bolsonaro em relação ao desmatamento e às queimadas.
No período bolsonarista, artistas e figuras públicas se uniram em campanhas, utilizando suas vozes para criticar e exigir ações efetivas para a proteção dos recursos naturais.
Agora, o cenário mudou: o governo é outro e as queimadas e os desmatamentos continuam a todo vapor na era Lula.
A Amazônia e outros biomas enfrentam um grave problema: as queimadas e a secagem dos rios.
A nova narrativa que emerge de setores da esquerda busca responsabilizar outros atores, rotulando as chamas como “fogo criminoso”.
A mudança de discurso parece uma tentativa de isentar o governo federal de suas responsabilidades em relação à política ambiental.
De norte a sul, o país queima. No último domingo, um incêndio em grandes proporções começou a devastar o Parque Nacional de Brasília, área de inteira responsabilidade do governo federal.
No entanto, a reação de setores da esquerda foi apontar o dedo para o governo do Distrito Federal, como fazem para os estados e municípios, responsabilizando-os pelas queimadas que se alastram pelo Brasil afora.
Há uma tentativa de blindar e ignorar a responsabilidade do governo Lula, que, apesar de adotar um discurso de defesa do meio ambiente, não tem conseguido implementar ações para fortalecer órgãos essenciais, como o Ibama.
O Ibama, que deveria ser a primeira linha de defesa contra as agressões ao meio ambiente, enfrenta sérios problemas de sucateamento.
Com recursos limitados e falta de pessoal, a capacidade do órgão de agir de maneira eficaz está comprometida.
A falta de investimentos e a ausência de uma estratégia robusta para a preservação ambiental vão além da simples culpabilização de outros níveis de governo.
Não dá mais para tapar o sol com a peneira nesta guerra ideológica entre a esquerda e a direita, enquanto os biomas e a biodiversidade são devastados pelo fogo e pela seca na maior crise climática do país.
É notório que não há ações efetivas do Ministério do Meio Ambiente, dirigido por Marina Silva. Não há política de sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente, a não ser a do discurso.
A luta pela preservação ambiental deve ser uma responsabilidade compartilhada de todos os brasileiros e não apenas uma ferramenta de retórica política usada pelos imbecis de plantão ou pelos que estejam no poder.