Na última sexta-feira (06), a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como “Janja”, criticou o governo do Distrito Federal pelo estado deplorável da Praça dos Três Poderes, um local de grande importância na capital federal.
Mal sabe a primeira-dama, ou deveria saber, que para qualquer obra no local, o GDF precisa do aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, negado desde 2021.
O pedido de análise do projeto de reforma encontra-se até hoje na gaveta de Leandro Grass, presidente do órgão, e de seu homem de confiança, Thiago Pereira, ex-chefe da Coordenação Técnica durante o governo Bolsonaro e atual Superintendente do Iphan no Distrito Federal.
A solicitação feita pelo GDF continua sem resposta. A situação tem gerado um impasse que impede a restauração do local, cujo custo estimado é de apenas R$ 100 mil.
A governadora em exercício, Celina Leão, agiu prontamente após as críticas de Janja, entrando em contato com o ministro interino da Justiça, Ricardo Capelli, para garantir que o GDF está pronto para iniciar a obra, mas precisa da autorização do Iphan, presidido por Leandro Grass.
Uma semana após o triste episódio de 8 de janeiro, o então secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, mostrava em um vídeo a situação precária da praça e fez cobranças ao Iphan pela liberação do projeto de reforma do logradouro central aos Três Poderes.
No triste 8 de janeiro passado, os cubos de pedras portuguesas nas mãos dos vândalos serviram para apedrejar o Palácio da Suprema Corte.
O pedido do GDF foi ignorado, assim como foi ignorado na época, um apelo feito pela então ministra presidente do STF, Rosa Weber.
Em vez de liberar o projeto de reforma, Leandro Grass permitiu que a praça servisse como estacionamento de centenas de carros adquiridos pelo governo federal, contrariando as normas urbanísticas e contribuindo ainda mais para o agravamento, especialmente no calçamento com pedras portuguesas.
Diante de tantos apelos, cobranças e preocupações, o presidente do Iphan, justifica que o órgão estuda a questão desde 2018 e que continuará analisando o pedido de reforma. A birra do rapaz é grande.
A polêmica em torno da Praça dos Três Poderes persiste.
Já que Janja se importa com a manutenção da praça, está na hora da primeira-dama pedir ao birrento Leandro Grass que deixe de boicotar o GDF por ressentimento político, devido à derrota na disputa pelo Buriti na eleição passada e cumpra com a sua obrigação na preservação do patrimonio histórico nacional. O comportamento de Leandro Grass é pra lá de vergonhoso.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF