Deputados distritais da base do governo vão iniciar a próxima legislatura da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em total desgastes, em função de suas posições, algumas delas, nada republicanas, como a exigência de cargos na estrutura do governo, em troca do apoio a candidatura de Wellington Luiz(MDB), à presidência da CLDF.
As exigências são feitas, mesmo tendo o governador Ibaneis Rocha, optado pela neutralidade na disputa da presidência da Casa Legislativa.
Nos bastidores também há os que sustentam que a briga tem foco nas eleições de 2026.
Na disputa de agora, a configuração é: Wellington barra Celina Leão, contra Iolando barra Rafael Prudente.
O presidente do MDB, Rafael Prudente, atual presidente da CLDF, eleito nas eleições de outubro para a Câmara Federal, resolveu alimentar a candidatura de Iolando contra a de Wellington, após este receber o apoio da vice-governadora eleita, Celina Leão(PP).
Quem apostou na força de Rafael Prudente, terminou sobrando na montagem da próxima mesa-diretora, como o deputado Robério Negreiros (PSD), que há várias legislaturas reinava sozinho na 1ª Secretaria.
Negreiros perdeu a posição para Roosevelt Vilela, após Wellington Luiz conseguir na última sexta-feira (06), o apoio fechado dos deputados eleitos do PL, com a chancela da deputada federal Flávia Arruda, presidente da legenda.
O mesmo aconteceu com Jaqueline Silva, que perdeu a CCJ para o novato Thiago Manzoni (PL), e pode perder espaços consideráveis no governo como a Secretaria de Empreendedorismo e a Administração Regional de Santa Maria.
Já alguns distritais governistas, considerados marinheiros de primeira viagem, eleitos em outubro desse ano, como é o caso de Pepa, da Delegada Jane Klebia e de Rogério Morro da Cruz, poderão ficar a ver navios por seguirem Rafael Prudente.
Os novatos foram com muita sede ao pote.
Eles foram orientados a exigirem o controle dos cargos das Administrações Regionais, localizadas nos seus respectivos redutos eleitorais e alguns deles reivindica para si, Secretarias de Estado de porteira fechada ou indicar nomes para comandos como a diretorial-geral da Polícia Civil do DF.
No entanto, as exigência estão sendo tratada pelo governador Ibaneis Rocha(MDB) como “inegociável”.
“A disputa pela presidência da Câmara não passa pela estrutura do governo”, reiterou ao RadarDF, um dos membros do grupo de transição do próximo mandato de Ibaneis Rocha.
A nova configuração do próximo governo, será anunciada nas próximas horas pelo governador.
Voltando a disputa na CLDF, pelos números de apoio, o deputado Wellington Luiz, que precisava apenas de 13 votos para formar a maioria, já teria 18, dos 24 votos dos deputados da Casa. É o favorito na corrida.
O emedebista soube conquistar o apoio da oposição, que indicou Ricardo Vale (PT), para a vice-presidência, e lacrou no final da semana o importante apoio dos quatro deputados do Republicanos. Alguns votos soltos deverão ser visgados por Wellington.
Com o quadro definido, a candidatura de Iolando(MDB), que resolveu bater chapa com Wellington Luiz, caminha para o saco, levando consigo a movimentação, nem tão oculta assim, de Rafael Prudente.
Já alguns deputados novatos, que tem como dono de seus passes o “25º distrital”, que atua nas estranhas da Câmara Legislativa há mais de dez anos, iniciam a próxima legislatura sem força e sem prestígio para tocar seus mandatos.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF