O ex-chefe do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, será inquirido nesta quinta-feira(18), pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa, que apura os atos violentos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O presidente da CPI, deputado Chico Vigiante(PT), acredita que o depoimento do general, que à época era o Comandante Militar do Planalto, possa contribuir no esclarecimento de vários pontos ainda obscuros, a exemplo de quem efetivamente favoreceu para que vândalos invadisse as sedes dos Três Poderes da República.
Outro questionamento que será feito a Dutra é quanto a ordem de impedimento da operação que seria feita, por agentes do DF Legal e da Polícia Militar do Distrito Federal, com o objetivo de desmontar o acampamento de manifestantes bolsonaristas, montado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
O fato ocorreu no dia 12 de dezembro do ano passado, um dia após a invasão da sede central da Polícia Federal, na Asa Norte.
Os agentes do DF Legal foram hostilizados e vaiados por manifestantes, apoiados por militares do Exército.
Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito serão abertos a partir das 10hs, e será transmitida ao vivo no YouTube pela TV da Câmara Legislativa.
Em contato com o RadarDF, o presidente da CPI, Chico Vigilante, afirmou que vários outros generais do Exército Brasileiro estão na pauta para as oitivas da Comissão.
Entre eles estão os generais Augusto Heleno e Marco Edson Gonçalves Dias.
Heleno e Dias foram comandantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).
Também foram aprovados os requerimentos para ouvir os coronéis da PMDF Élcio Franco e Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, que substituiu o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto como chefe do Departamento Operacional da corporação no dia 8 de janeiro.
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências e comportamento social e reconhecido nos meios políticos da capital federal. Siga o #radarDF