O Partido dos Trabalhadores no DF, outrora um dos principais atores na cena politica brasiliense, hoje enfrenta um declínio preocupante para a sua militância no Distrito Federal.
O partido, que já foi sinônimo de protagonismo político e vitórias expressivas nas urnas, definhou nos últimos 12 anos, mas agora parece lutar para manter sua relevância no cenário político do capital do país.
Se enveredarmos pela linha do tempo, o partido venceu duas eleições para o governo, elegendo dois governadores (Cristovam e Agnelo) que deixaram suas marcas na administração da capital.
Além disso, já elegeu dois senadores e chegou a ter uma bancada expressiva de três deputados federais em um total de oito eleitos pelo DF.
A atuação do PT também foi sólida na Câmara Legislativa do DF, onde chegou a eleger sete deputados distritais em uma bancada de 24.
O partido no DF com sua militância engajada e estrutura partidária robusta, teve um papel fundamental nas campanhas que elegeram Lula e Dilma à Presidência da República.
Porém, tudo isso ficou no passado. O declínio do partido tornou-se evidente nas eleições de 2022, quando optou por apoiar Leandro Grass, um candidato do Partido Verde (PV), em vez de lançar candidatura própria.
Essa decisão foi tomada como uma tábua de salvação para evitar o constrangimento de ficar fora do pleito, revelando a fragilidade da legenda que já foi hegemônica no DF.
A ausência de figuras de destaque como Paulo Tadeu (Conselheiro do TCDF), capazes de inspirar a militância e atrair participantes, tem sido um obstáculo significativo.
Enquanto o PT no âmbito nacional continua a contar com líderes carismáticos como Lula, o mesmo não pode ser dito no cenário local, onde a ausência de renovação é notável.
Diante desse contexto, petistas históricos no DF acabam de lançar um manifesto à militância visando resgatar o partido da inanição política em que se encontra.
Geraldo Magela, petista raiz e um dos coordenadores dessa campanha de salvamento do PT, acredita que, por meio de um esforço da militância, o Partido dos Trabalhadores pode recuperar sua força e voltar impor uma candidatura própria na próxima eleição.
Ele também sabe que o resgate não será fácil. O PT enfrentou a concorrência de outros partidos do campo popular e da esquerda que avançaram e conquistaram espaço na política brasiliense.
Se não conseguir se colocar em 2026, com uma candidatura própria e competitiva, ao Buriti, o PT do DF será apenas uma estrela em pedaços, sobre o chão do Planalto Central. É isso!
*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF